O governo do Canadá anunciou nesta segunda-feira (8) que o diplomata chinês Zhao Wei foi declarado persona non grata e será expulso do país.
Um serviço de inteligência canadense havia apontado em um relatório em 2021 que a China buscou informações para exercer pressão sobre o parlamentar conservador canadense de ascendência chinesa Michael Chong, crítico da ditadura de Pequim.
“O Canadá decidiu declarar persona non grata o Sr. Zhao Wei. A decisão foi tomada após uma avaliação cuidadosa de todos os fatores em jogo”, afirmou em comunicado a ministra das Relações Exteriores, Mélanie Joly.
Na semana passada, o jornal Globe and Mail publicou uma reportagem com trechos do relatório da inteligência canadense, que apontou que a China buscou informações sobre Chong e familiares dele na China para pressioná-lo e “torná-lo um exemplo”. Zhao, que trabalha em Toronto, estaria envolvido nessa operação, segundo o jornal.
Em 2021, Chong apoiou uma moção (que foi aprovada) no Parlamento canadense para designar como genocídio a perseguição de Pequim à minoria muçulmana uigur na região de Xinjiang. “Não podemos mais ignorar. Devemos chamar pelo nome certo: um genocídio”, declarou Chong na ocasião.
Pequim ainda não se pronunciou sobre a expulsão do diplomata, mas havia se manifestado anteriormente para negar que tenha buscado informações para pressionar Chong.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura