A Polícia do Canadá informou nesta terça-feira (22) que está investigando a possível existência de delegacias chinesas clandestinas no país, as quais qualificou como “interferência” de uma potência estrangeira.
Para a Polícia Montada do Canadá, a possível existência de delegacias clandestinas representa uma ameaça à segurança nacional, segundo destacou em comunicado.
A investigação começou depois que a ONG espanhola Safeguard Defenders denunciou que o governo chinês opera delegacias clandestinas em mais de 50 países ao redor do mundo, incluindo três na região metropolitana de Toronto, a maior cidade canadense.
A Polícia canadense explicou que, após a divulgação dessas informações, “está investigando para determinar” se houve atividades criminosas contra a comunidade chinesa no país.
“Nosso objetivo é prevenir a intimidação, ameaças e assédio contra qualquer comunidade no Canadá, bem como qualquer forma de dano iniciado em nome de uma entidade estrangeira”, disse a Polícia Montada.
As autoridades canadenses também solicitaram ao público informações sobre a existência de delegacias clandestinas ou quaisquer ameaças ou intimidações relacionadas às atividades desses centros.
A Safeguard Defenders denunciou que, embora as delegacias clandestinas supostamente ofereçam aos cidadãos chineses no exterior a possibilidade de realizar uma série de procedimentos burocráticos, como a renovação da carteira de motorista, esses centros são usados para pressionar e ameaçar dissidentes.
O anúncio do início da investigação policial ocorre poucos dias depois que o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, acusou a China de ingerência no país após receber relatórios dos serviços de inteligência indicando que Pequim financiou pelo menos 11 candidatos durante as eleições gerais canadenses de 2019.
Menos é mais? Como são as experiências de jornada 4×3 em outros países
Banco americano rebaixa Brasil e sobe classificação das ações da Argentina
Ministro da Defesa diz que investigação vai acabar com suspeitas sobre Forças Armadas
Eutanásia para pessoas com deficiência e demência, no Canadá há pressa para matar