O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, em reunião na Polônia, em março de 2022.| Foto: EFE/EPA/MARCIN OBARA
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O governo do Canadá pagará aos siksika, um grupo indígena do oeste do país, 1,3 bilhão de dólares canadenses (cerca de R$ 5 bilhões) em compensação pelo roubo de suas terras há mais de um século.

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O pagamento faz parte de um acordo assinado nesta quinta-feira (02) pelo primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, e pelo chefe tribal siksika, Ouray Crowfoot, no território tradicional do grupo indígena a leste da cidade de Calgary.

O acordo de compensação, que, segundo o governo canadense, é um dos maiores assinados por Ottawa com um grupo indígena, permitirá que os siksika adquiram até 465 quilômetros quadrados de território, a mesma extensão que lhes foi tirada em 1910.

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Trudeau qualificou o acordo com os siksika como histórico, ressaltando que "corrige um erro passado cometido pelo governo do Canadá".

Crowfoot se expressou em termos semelhantes, assegurando que "o Canadá não está dando 1,3 bilhão ao siksika. O Canadá está corrigindo um erro cometido há mais de um século quando tomou terras ilegalmente".

Em 1910, o Canadá arrebatou quase metade do território que pertencia aos siksika por meio de um tratado assinado em 1877 entre o governo canadense e cinco grupos indígenas.

O Canadá tomou essas terras, que incluíam os melhores terrenos agrícolas e áreas com grande potencial de mineração, para vender aos colonos.

Por mais de 60 anos, os siksika tentaram fazer com que o Canadá reconhecesse a ilegalidade de suas ações e obtivesse uma compensação.

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Desde que chegou ao poder em 2015, Trudeau afirma que a reconciliação com os indígenas é uma de suas prioridades. Mas hoje Crowfoot, com o primeiro-ministro ao seu lado, declarou que as autoridades canadenses têm que parar de usar a palavra reconciliação.

"Eles nunca conseguirão reconciliação. Eles nunca serão capazes de reparar e voltar ao que era antes", explicou Crowfoot.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]