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O Canadá incluiu nesta quarta-feira, 3, o grupo americano Proud Boys na sua lista de grupos terroristas junto com outras 12 entidades, incluindo grupos radicais islâmicos associados à Al-Qaeda e Estado Islâmico (EI).
Além do Proud Boys, o ministro de Segurança Pública, Bill Blair, afirmou que o Canadá adicionou à lista outros três grupos de extrema direita: Atomwaffen Division, The Base e Russian Imperial Movement.
Assim, o Canadá se tornou o primeiro país do mundo a considerar os Proud Boys uma organização terrorista. A decisão implica que as instituições financeiras possam congelar ativos desses grupos e que as forças de segurança possam agir contra quem oferecer ajuda econômica ou material a eles.
Ser adicionado à lista de observação não criminaliza automaticamente os próprios grupos, mas permite que as autoridades apreendam seus bens e processem membros ou associados por realizarem atividades extremistas.
"Os atos violentos de terrorismo não têm lugar na sociedade canadense ou no exterior. As inclusões de hoje à lista de entidades terroristas são um passo importante nos nossos esforços para combater todas as formas de extremismo violento", disse Blair, ao fazer o anúncio.
"Não importa a motivação ideológica, todos estes grupos promovem o ódio, a intolerância e, como já vimos, podem ser muito perigosos", acrescentou.
O Canadá também adicionou à lista três grupos vinculados à Al-Qaeda (Frente al Nusra, Frente de Libertação do Macina e Ansar Edine), cinco braços do Estado Islâmico (em África Ocidental, Saara, Líbia, Ásia Oriental e Bangladesh), além do Hizbul Mujahideen.
Entre as 73 entidades atualmente na lista canadense de organizações terroristas, apenas seis são consideradas de extrema direita. Além das quatro incluídas hoje, estão Blood & Honor e Combat 18.
Integrantes do Proud Boys supostamente desempenharam um papel fundamental na invasão ao Capitólio dos Estados Unidos no dia 6 de janeiro. O grupo, que conta com uma unidade canadense e membros entre as Forças Armadas do país, é parcialmente originado no Canadá.
Blair negou que a inclusão do Proud Boys à lista tenha ocorrido pelo papel na invasão ao Capitólio americano, e argumentou que o grupo já estava no radar das autoridades canadenses havia algum tempo.