A capital canadense é palco de protesto contra medidas sanitárias relacionadas à Covid-19 neste sábado (29). A mobilização começou a ser convocada para cobrar o fim da obrigatoriedade de vacinação completa contra o coronavírus para caminhoneiros que fazem rotas transnacionais, mas ganhou o apoio de manifestantes não ligados ao setor logístico à medida que comboios de caminhões começaram a viagem até Ottawa, ainda durante a semana. De acordo com as autoridade de segurança locais, a expectativa é de que o número de participantes chegue a 10 mil até o fim do dia.
Manifestantes contrários a outras medidas tomadas pelo governo do Canadá no combate à pandemia também se juntaram ao ato, que ocorre diante dos três prédios do Parlamento do país. O primeiro-ministro, Justin Trudeau, foi retirado da sua residência oficial por razões de segurança, de acordo com a CBC; seu paradeiro não foi informado. Em declarações recentes, Trudeau classificou o grupo que se mobilizava contra a obrigatoriedade da vacina para os transportadores de carga como "pequena minoria marginal”.
O ato ocorre de modo pacífico, mas a grande mobilização acendeu alerta na segurança pública e a cidade teve policiamento reforçado. Apesar de minimizar a possibilidade de violência por parte dos manifestantes, o chefe do serviço de polícia de Ottawa, Peter Sloly, não descartou o risco de ação de "lobos solitários" ou de manifestações paralelas à causa central, segundo informações do The New York Times.
O governo canadense passou a exigir passaporte vacinal dos motoristas de caminhão que fazem rotas entre o país e os Estados Unidos no dia 15 de janeiro. Uma semana depois, em 22 de janeiro, os EUA também adotaram a obrigatoriedade para os trabalhadores de transporte que cruzam suas fronteiras por terra.
Vários meios de comunicação registraram as manifestações. Veja, abaixo, dois resumos de jornais locais:
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