O Canadá anunciou na noite de ontem que intensificou as restrições impostas à importação de alimentos de áreas próximas do vazamento radioativo no Japão, disseram autoridades. O governo canadense restringirá a entrada de produtos lácteos, frutas e vegetais de quatro cidades japonesas, enquanto o pânico de contaminação radioativa se espalha ao redor do mundo. "Tais produtos não serão autorizados a entrar no Canadá sem uma documentação aceitável certificando sua segurança", informou, em comunicado, a Agência de Inspeção Alimentar do Canadá (CFIA, na sigla em inglês).

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Estados Unidos, Hong Kong, Austrália e Cingapura também barraram as importações de leite e vegetais. A França pediu à União Europeia (UE) que faça o mesmo, e o Japão está testando a água do mar para medir o impacto do vazamento radioativo na vida marinha.

O governo japonês ordenou a suspensão do consumo e dos embarques de itens agrícolas produzidos em áreas próximas da usina de Fukushima, que foi atingida por um forte terremoto e por um tsunami em 11 de março, o que desencadeou explosões e incêndios nas instalações nucleares. Testes feitos pelo Ministério de Saúde detectaram níveis muito elevados de iodo e césio.

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As restrições do Canadá dirigem-se especificamente às cidades de Fukushima, Gunma, Ibaraki e Tochigi. "Quaisquer produtos potencialmente contaminados serão eliminados, de acordo com os protocolos da Comissão de Segurança Nuclear Canadense", informou o comunicado. "Dado o caráter evoltivo da situação japonesa, tais medidas serão ajustadas para garantir que a oferta de alimentos do Canadá continue protegida."

A CFIA revelou que "reconhece que o governo do Japão está tomando medidas para lidar com o problema e nós continuaremos apoiando tais esforços." A Agência de Serviços Alfandegários do Canadá informou que monitora rotineiramente os níveis de radiação dos contêineres.

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