Uma canadense, conhecida como especialista em resolução de conflitos, é a mulher que, segundo o governo mexicano, liderou um plano para que um dos filhos do ex-líder líbio Muamar Kadafi entrasse clandestinamente no México.
Cynthia Ann Vanier foi presa em 10 de novembro na Cidade do México quando, segundo as autoridades mexicanas, liderava uma operação clandestina para levar, até um balneário mexicano da costa do Pacífico, Saadi Kadafi, filho do ex-líder líbio, junto com sua família.
A embaixada canadense no México confirmou à AFP através de seu escritório de imprensa que teve conhecimento da captura de Vanier há quase um mês, e que a detida recebeu assistência consular, apesar de, segundo uma funcionária que pediu para não ser identificada, não ser possível dar detalhes "em cumprimento às leis canadenses".
Um dia depois da prisão de Vanier, foram capturados os mexicanos Gabriela
Dávila, encarregada dos contatos no México, e José Luis Kennedy Prieto, dedicado à falsificação de documentos junto ao dinamarquês Pierre Christian Flensborg, responsável logístico da operação, segundo o secretário de governo (Interior), Alejandro Poiré.
Saadi Kadafi, jogador de futebol de 38 anos, refugiou-se no Níger em agosto, depois da derrubada de seu pai, que esteve 42 anos no poder, e que foi morto em outubro. A Interpol emitiu em setembro uma ordem internacional de captura contra ele por crimes de guerra.
A procuradoria-geral do México informou que os quatro detidos permanecem em prisão provisória, onde podem receber visitas de seus advogados e familiares enquanto ocorre a investigação em curso, que poderá levar de 40 a 80 dias.
Poiré afirmou na quarta-feira que Vanier liderava a "organização criminosa" que pretendia introduzir Kadafi com documentos falsos em uma operação que incluía voos clandestinos. Era "líder do grupo e, supostamente, encarregada das finanças da operação", disse.
Mas no site de sua empresa (www.vanierconsulting.ca), Vanier apresenta-se como consultora de empresas, um trabalho que desempenhava desde 1992 e que incluía também serviços de negociação para o resgate de sequestrados.
O jornal canadense The National Post afirmou que Vanier viajou em julho à Líbia, utilizando um avião Hawker 800 contratado nos Estados Unidos e com os serviços de uma equipe de guarda-costas liderada por Gary Peters, dono de uma empresa canadense de segurança.
Peters disse ao jornal que tinha entendido que a operação para transportar Saadi Kadafi ao México se realizaria utilizando documentos autênticos "e com a colaboração do governo mexicano".
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