Com aproximadamente um quilômetro de comprimento, várias centenas de metros de largura e mais de 30 metros de profundidade, a escavação é o passo inicial na construção de um conjunto maior de comportas para o Canal do Panamá, que poderiam dobrar a quantidade de mercadorias em trânsito a cada ano.
O projeto de US$ 5,25 bilhões, agendado para finalização em 2014, é a primeira expansão na história do atalho entre o Atlântico e o Pacífico, de um século de idade. Permitindo que navios de contêineres e outros barcos de carga muito maiores alcancem com muito mais facilidade o leste dos Estados Unidos, o projeto irá alterar padrões de comércio e colocar pressão para que os portos do leste e da Costa do Golfo como Savannah, Geórgia, e Nova Orleans aprofundem seus ancoradouros e aumentem suas instalações de manuseamento de carga.
Atualmente, com suas duas raias de comportas que podem lidar com navios de até 294 metros de comprimento e 32 metros de largura tamanho conhecido como "Panamax" o canal opera perto de ou em sua capacidade total de 35 navios por dia. Durante grande parte do ano, isso pode significar que dúzias de navios permanecem ancorados em cada costa, esperando um dia ou mais para poderem passar pelo canal.
O terceiro conjunto novo de comportas irá ajudar a eliminar um pouco desse acúmulo, acrescentando talvez 15 passagens ao total diário. Mais importante, as comportas serão capazes de lidar com navios de "novos Panamax" 25% mais compridos, 50% mais largos e de desenhos mais profundos, capazes de carregar duas ou três vezes mais quantidade de carga.
Ninguém pode prever o impacto total dessa expansão. Mas, para começar, ela poderia significar frete mais rápido e mais barato para algumas mercadorias entre os EUA e a Ásia.
A expansão está sendo financiada com verbas de bancos de desenvolvimento, a serem devolvidas por meio de tarifas de pedágio que atualmente alcançam diversas centenas de dólares, para grandes navios.