A candidata de esquerda à Presidência de Honduras, Xiomara Castro, se recusou nesta segunda-feira (25) a aceitar o resultado parcial oficial das eleições, que aponta que o seu oponente caminha para vencer o pleito do domingo. Um grupo de simpatizantes da candidata saiu às ruas em seu apoio.

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Xiomara, mulher do presidente deposto Manuel Zelaya, e sua equipe disseram nesta segunda-feira ter uma pesquisa que a mostra como vitoriosa. Eles alegaram fraude e acusaram a autoridade eleitoral de manipular o resultado.

A contagem parcial divulgada pelas autoridades dá 34,19 por cento a Juan Hernández, do Partido Nacional, enquanto Xiomara tem 28,83 por cento, afirmou o órgão, no boletim de atualização, com 58 por cento das urnas apuradas.

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"Vamos defender o nosso triunfo nas urnas e se necessário vamos às ruas", disse Zelaya. "Até que se prove o contrário, temos um triunfo em nossas mãos."

"Vamos tentar uma recontagem urna por urna, seção por seção, cidade por cidade", acrescentou. "Estamos lutando contra uma oligarquia no governo de Honduras."

Um grupo de 500 simpatizantes de Zelaya iniciou uma caminhada até o Hotel Marriott, onde está previsto o anúncio de mais um resultado parcial nesta segunda-feira.

O hotel fica perto do Palácio Presidencial, e policiais fazem um bloqueio na região. Xiomara nem Manuel Zelaya participaram da passeata.

Manuel Zelaya foi deposto por um golpe em 2009. Os seus adversários diziam que ele buscava a reeleição, proibida pela Constituição. Honduras viveu uma crise política na época.

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Juan Hernández prometeu anunciar a sua equipe de transição e se disse aberto para o diálogo com Xiomara, mas que não vai debater o resultado. "A vitória não pode ser negociada com ninguém. O resultado foi decidido pelo povo hondurenho", disse à imprensa.

O embaixador dos Estados Unidos no país e o chefe dos observadores eleitorais da União Europeia disseram que as eleições do domingo foram limpas e pediram que os participantes respeitassem o resultado.

A possível eleição de Hernández indica a continuidade das políticas econômicas conservadoras do atual governo. O candidato também prometeu colocar os militares para combater a violência.