Um candidato a uma cadeira parlamentar nas próximas eleições gerais do Paquistão, Sadiq Zaman Khattak, foi morto a tiros nesta sexta-feira (3) com seu filho de seis anos na cidade meridional de Karachi, informou a imprensa local.
Khattak, membro do Partido Nacional Awami (ANP), laico, saía de uma mesquita depois de fazer a reza da sexta-feira quando um grupo de desconhecidos abriu fogo matou os dois, ele e seu filho, além de ferir outras quatro pessoas, incluindo duas crianças.
De acordo com diversos veículos de imprensa, a Comissão Eleitoral do Paquistão decidiu adiar as eleições na circunscrição de Karachi à qual pertencia o candidato assassinado, como já decretou há poucos dias em uma cidade da província ocidental de Baluchistão.
A urbe de Karachi é um dos enclaves que mais está sofrendo o aumento da violência terrorista experiente pelo país às vésperas do pleito de 11 de maio e que está afetando especialmente às forças liberais como o ANP.
Segundo o jornal local "Dawn", um militante do Muttahida Quami Movement (MQM), outra das formações que estão muito ameaçadas, morreu hoje em um tiroteio em Karachi.
O principal grupo talibã do Paquistão, o TTP, declarou publicamente tem sob sua mira membros do ANP, do MQM e do Partido Popular (PPP), forças de viés laico que integraram a coalizão de governo na última legislatura.
De acordo com balanços publicadas hoje por jornais locais, nas últimas três semanas morreram entre 60 e 70 pessoas em ataques violentos dirigidos contra candidatos ao Parlamento e contra as quatro assembleias regionais de país asiático.