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Paraguai

Candidato à Presidência diz que "atiraria nos próprios testículos" se tivesse um filho gay

Horacio Cartes, do Partido Colorado, discursa em Caacupe, a 54 km de Assunção: polêmica na campanha | Reuters/Partido Colorado
Horacio Cartes, do Partido Colorado, discursa em Caacupe, a 54 km de Assunção: polêmica na campanha (Foto: Reuters/Partido Colorado)

O candidato que lidera a disputa para Presidência do Paraguai nas eleições do próximo domingo (21), Horacio Cartes, irritou os gays ao fazer uma série de afirmações polêmicas sobre homossexuais e o casamento entre pessoas do mesmo sexo. O jornal americano "New York Times" citou uma entrevista para uma rádio feita por Cartes, de 57 anos, que comparou gays a "macacos" e disse o que faria caso seu filho fosse homossexual.

"Eu atiraria em meus próprios testículos porque eu não concordo", afirmou, segundo o jornal o candidato que também teria comparado o apoio ao casamento entre pessoas do mesmo sexo com o "fim do mundo".

O site "Gay Star News" traduziu as falas do candidato do Partido Colorado de maneira menos diplomática. "Eu atiraria em meus próprios testículos porque eu não concordo", teria dito o candidato de acordo com o site.

Entre aqueles que rebatem as observações de Carter está o seu adversário, Efraín Alegre, do Partido Liberal. Alegre não apoia publicamente o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas ainda assim afirma que é uma questão "que precisa ser discutida". Segundo o candidato liberal, as afirmações de oponente representam "o Paraguai do passado".

O país não tem legislação para o casamento ou união civil de pessoas do mesmo sexo. De acordo com a agência Associated Press, isto não impediu que casais gays pedissem para serem reconhecidos por governos locais como cônjuges depois que os vizinhos argentinos conseguiram legalizar, em 2010, o casamento homossexual.

Se Carter for eleito, suas opiniões sobre a questão podem isolá-lo de outros países da América Latina. Além da Argentina, parlamentares uruguaios aprovaram uma nova legislação este mês, tornando-se o segundo país da região a legalizar o casamento gay.

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