O dirigente comunista chinês Xi Jinping, visto como futuro líder máximo do país, passou mais de uma semana sem comparecer a eventos oficiais por causa de um problema de saúde, possivelmente uma lesão nas costas que ele sofreu nadando, disseram fontes nesta terça-feira (11).

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Xi, que deve assumir a Presidência da China em março, esteve ausente de importantes compromissos com líderes estrangeiros em visita ao país na última semana, incluindo a secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton, e os primeiros-ministros de Cingapura e Dinamarca.

A ausência dele desencadeou uma onda de rumores, mas o governo não quis se manifestar sobre a condição de Xi, de 59 anos - uma tradição que já dura décadas no país, onde a saúde dos dirigentes nunca é discutida publicamente.

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"Xi machucou as costas quando foi fazer sua natação diária", disse uma fonte próxima à liderança do regime comunista depois que a ausência dele começou a ser notada, na semana passada.

A fonte não quis dar outros detalhes sobre a lesão, inclusive onde e quando teria acontecido.

Outra fonte também disse que Xi se contundiu nadando. "Xi distendeu um músculo quando foi nadar", disse a fonte.

Uma terceira fonte, citando pessoas próximas ao dirigente, afirmou que "ele não está bem, mas não é um grande problema".

As três fontes pediram anonimato.

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Na terça-feira, questionado sobre o assunto, um porta-voz da chancelaria chinesa disse não ter informações sobre Xi, e demonstrou irritação com a insistência.

"Espero que vocês possam fazer uma pergunta séria", disse Hong Lei a um jornalista que quis saber se Xi está vivo.

A última aparição pública de Xi foi em 1o de setembro, numa cerimônia da Escola Central do Partido Comunista, em Pequim, conforme mostra o site da chancelaria.

Os rumores sobre Xi ocorrem num momento turbulento para a política da China, onde uma transição de poder acontece a cada dez anos. O 18o Congresso do Partido Comunista, em que Xi e o restante da nova geração de líderes devem ser anunciados, está marcado para outubro.

Meses atrás, o dirigente regional Bo Xilai, que era cotado para assumir um cargo no primeiro escalão, foi afastado do Politburo por causa de um escândalo envolvendo sua família. Sua mulher, Gu Kailai, foi no mês passado condenada à morte pelo assassinato de um empresário, mas a pena foi suspensa.

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Em outro escândalo neste mês, um importante aliado do presidente Hu Jintao foi afastado por causa de um acidente de trânsito letal envolvendo o filho dele, que estava em um carro de luxo.