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O candidato oposicionista e ex-chanceler Abdullah Abdullah anunciou que não vai participar do segundo turno das eleições no Afeganistão, previsto para 7 de novembro. Ele pediu a seus partidários que não votem.

"Decidimos evitar a participação nas eleições", disse o conselheiro, identificado como doutor Mehdi, que pediu aos eleitores de Abdullah que não votem.

Ahmad Behzad, parlamentar aliado de Abdullah, disse que ele exige uma votação "sem fraudes".

Abdullah anunciou que deve anunciar uma decisão formal sobre sua participação nas eleições neste domingo.

Apesar da retirada do candidato e da convocação dos eleitores a não irem às urnas, o conselheiro insistiu em afirmar que a decisão não implica um "boicote".

Por enquanto, Abdullah não compareceu para dar detalhes sobre sua postura em relação ao segundo turno, no qual enfrentaria o atual presidente, Hamid Karzai.

O primeiro turno das eleições foi marcado por suspeitas de fraude. Ele teve seu resultado modificado depois que a comissão eleitoral anulou milhares de votos suspeitos. Os resultados iniciais davam vitória já em primeiro turno a Karzai.

No último dia 26, o líder opositor pediu ao governo afegão a demissão do chefe da Comissão Eleitoral (IEC), Azizullah Lodin, a suspensão de três ministros e a presença de representantes de sua equipe no segundo turno.

O ex-chanceler deu a Karzai prazo até este sábado para o cumprimento dessas condições, embora não tenha explicado o que fará caso não tenha sua exigências atendidas.

As autoridades deram sinal verde para que 20 mil membros de sua equipe sejam credenciados como interventores do processo eleitoral, como Abdullah tinha solicitado.

A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, disse que o eventual boicote não terá consequências sobre a legitimidade da eleição.

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