O líder oposicionista zambiano Michael Sata, crítico dos investimentos chineses no país, obteve uma surpreendente vitória na eleição presidencial desta semana, disseram autoridades na sexta-feira, num resultado que pode abalar a confiança de investidores estrangeiros em Zâmbia, maior produtor de cobre da África.
Num continente cujos governantes muitas vezes relutam em deixar o poder, o atual presidente, Rupiah Banda, lacrimosamente admitiu a derrota, dizendo que o povo se manifestou. Seu partido, o Movimento pela Democracia Multipartidária (MMD), governa Zâmbia desde o fim do regime de partido único, em 1991.
"Agora não é hora de violência e retaliação. Agora é hora de nos unirmos e construirmos juntos o amanhã de Zâmbia", disse Banda em entrevista coletiva ao lado da esposa, Thandiwe.
Sata, de 74 anos, apelidado de "King Cobra" por sua língua ferina, atenuou no final da campanha sua retórica contra as mineradoras estrangeiras, especialmente as da China.
O juiz Ernest Sakala declarou-o vencedor com 1.150.045 votos, contra 961.796 de Banda, depois de apurados os votos de 95,3 por cento dos distritos. Sata obteve 43 por cento do total, numa disputa que envolveu também vários pequenos partidos.
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