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Colômbia

Candidato de Uribe vence, mas haverá segundo turno

Antanas Mockus e Juan Manuel Santos se enfrentam no segundo turno das eleições colombianas | Reuters
Antanas Mockus e Juan Manuel Santos se enfrentam no segundo turno das eleições colombianas (Foto: Reuters)

Contrariando todas as pesquisas, o candidato governista Juan Manuel Santos obteve uma ampla vitória no primeiro turno das eleições presidenciais colombianas, mas não conseguiu evitar um segundo turno. Apuradas 99,71% das urnas, Santos ficou com 46 56% dos votos e o segundo colocado, o opositor Antanas Mockus, do Partido Verde, com apenas 21,5%.

Segundo as últimas pesquisas, divulgadas há duas semanas, ambos estavam tecnicamente empatados. Santos tinha 35% e Mockus, 34%, de acordo com o instituto Datexco. Outros levantamentos apontavam diferenças de no máximo três pontos porcentuais entre os dois. Além disso, de acordo com as mesmas pesquisas, o opositor venceria no segundo turno, previsto para o dia 20.

Com a vantagem obtida por Santos no domingo (30)- ele por pouco não alcançou os 50% necessários para vencer logo na primeira etapa da votação -, agora é muito difícil que Mockus consiga virar o jogo. "Trabalhemos para conseguir que nosso país não retroceda no caminho percorrido nesses oito anos", disse Santos ontem, em um discurso para seus simpatizantes, no qual convidou os outros candidatos a fazerem parte de sua campanha e eventual futuro governo.

O resultado significa um reconhecimento do legado do presidente colombiano, Álvaro Uribe, na área de segurança. Em seus oito anos de mandato, Uribe (hoje com 74% de aprovação) conseguiu que 20 mil paramilitares se desmobilizassem e acuou a guerrilha Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Como seu ex-ministro da Defesa, Santos recebeu parte dos créditos por esses resultados e é visto como o herdeiro desse legado.

Debates

Segundo analistas, um dos fatores que podem ter prejudicado Mockus é que ele não se saiu bem nos vários debates realizados na última semana na TV. Matemático e filósofo de formação, o opositor tem um discurso um pouco vacilante e muito acadêmico. Além disso, ele deu muita ênfase a propostas pouco populares, em especial ao aumento de impostos (os recursos seriam usados para ampliar os gastos do Estado na área social).

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