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Crise econômica

Candidato peronista, Massa quer ampliar isenção no imposto de renda na Argentina

O ministro da Economia, Sergio Massa, quer que a medida entre em vigor já em outubro, quando ele disputará a eleição presidencial (Foto: EFE/Enrique García Medina)

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O atual ministro da Economia e presidenciável na Argentina, Sergio Massa, quer aumentar a faixa de cidadãos isentos de pagar imposto de renda, em uma nova tentativa de conter a desvalorização da moeda local, o peso argentino, que sofreu forte queda logo após as primárias de 13 de agosto.

Atualmente, pessoas que têm renda anual acima de 700 mil pesos (aproximadamente R$ 9,8 mil, na cotação atual) são obrigadas a contribuir. Com a nova medida, essa faixa subiria para 1,5 milhão de pesos (aproximadamente R$ 21 mil, na cotação atual), tornando a maior parte da população argentina isenta da tributação.

Segundo o jornal argentino Clarín, o ministro se reuniu com líderes sindicais nessa segunda-feira (11) para anunciar o projeto, que, caso aprovado, entraria em vigor em outubro deste ano, mês em que ocorrem as eleições presidenciais disputadas por Massa, apoiado pelo governo peronista, o libertário Javier Milei, da coalizão A Liberdade Avança, e a ex-ministra Patricia Bullrich, da Juntos pela Mudança.

O governo argentino fez uma projeção segundo a qual a nova medida faria o rendimento líquido da população melhorar de 21% a 27%.

Segundo o jornal La Nacion, a proposta de Massa também visa tornar fixo o piso não tributável, sendo atualizado semestralmente pelo salário mínimo.

Apesar do intuito do governo de que a medida passe a valer ainda este ano, por se tratar de uma questão tributária, a proposta deve passar pelo Congresso para análise e votação.

Crise econômica

Nos últimos meses, o governo de Alberto Fernández tem buscado formas de conter a crise econômica que assola o país e toma formas cada vez mais preocupantes na Argentina.

O Ministério da Economia, liderado por Sergio Massa, já anunciou uma série de medidas para tentar amenizar a queda do poder de compra da população, como, por exemplo, o pagamento de bônus a trabalhadores e aposentadores.

Em agosto, o país promoveu uma desvalorização de 22% do peso argentino frente ao dólar e precisou aumentar suas taxas básicas de juros de 97% para 118%.

De acordo com projeções econômicas para o final do ano, há previsão de que a inflação atinja mais de 160%, uma das mais elevadas do mundo, e o PIB argentino encolha 3%.

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