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Eleições

Candidatos à Presidência do Chile conversam com Lula

Três dos quatro candidatos Presidência do Chile estiveram com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e manifestaram interesse em estreitar as relações com o Brasil. Nem mesmo as diferenças partidárias dividiram os candidatos no momento em que buscam a aproximação com o Lula. De acordo com interlocutores, todos demonstraram respeito e simpatia pelo brasileiro.

O primeiro a se encontrar com Lula foi o ex-presidente e candidato Eduardo Frei Ruiz, da coligação Concertación, que conta com o apoio da presidente Michelle Bachelet. Depois, foi a vez do independente Marco Enriquez-Ominami Gumucio, que abandonou a coligação Concertación para se lançar na disputa presidencial. O último a falar com Lula foi o candidato da oposição Miguel Sebastián Piñeira, da coligação Alianza (centro-direita).

O único candidato que disputa a sucessão no Chile que não esteve com Lula foi Jorge Arrate, da aliança Juntos Podemos Mais, também de esquerda. Segundo assessores do presidente brasileiro, Arrate não pediu audiência com Lula.

Amanhã (13), cerca de 9 milhões de chilenos vão s urnas para escolher o sucessor de Bachelet. De acordo com pesquisas de opinião, haverá segundo turno, marcado para 17 de janeiro. Porém para negociadores brasileiros, independentemente do vitorioso, as relações com o Brasil ficarão inalteradas.

A relação política e econômica do Brasil com o Chile vêm desde o século XIX, dos tempos de Pedro II. O comércio bilateral é intenso entre os dois países e atingiu, em 2008, US$ 8,9 bilhões Os brasileiros vendem aos chilenos petróleo, aparelhos de telefones celulares e ônibus. Do Chile, o principal produto comprado é o cobre, depois o metanol e salmão.

O Brasil é o principal parceiro econômico do Chile na América Latina e exerce papel fundamental de interlocutor com os argentinos e peruanos, uma vez que os chilenos têm divergências históricas com esses dois países.

Nesta sexta-feira (11), a presidente Bachelet reuniu os embaixadores estrangeiros no Chile. Mais uma vez, ela reiterou a preocupação em ampliar as relações com os países vizinhos e a importância de unidade na América Latina. De acordo com diplomatas brasileiros, a presidente chilena atua para aproximar seu país da região, ao contrário de seus sucessores, cujo esforço era o de estreitar laços com os Estados Unidos e a União Europeia.

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