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O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, disse na segunda-feira (10) que os candidatos às primárias da oposição, marcadas para 22 de outubro e que vão definir o candidato que concorrerá contra o chavismo nas eleições presidenciais de 2024, buscam a "guerra" e a "destruição econômica" do país.
"Eles não vão fazer uma campanha, essa ultradireita que está convocando candidaturas, o que eles querem é a guerra e a destruição econômica da Venezuela", declarou o ditador Maduro em seu programa semanal de televisão.
Ele criticou o fato de a oposição tradicional, reunida na chamada Plataforma Unitária (PU), estar engajada em campanha política depois de cinco anos "pedindo abstenção e atacando a transparência do Conselho Nacional Eleitoral (CNE)".
"De um dia para o outro, eles se esqueceram disso e agora são candidatos novamente (...) eles estão às moscas com essas candidaturas de ultradireita, porque elas sempre vêm com uma carta escondida, para a guerra econômica, para desestabilizar o país, para prejudicar os esforços de recuperação", alegou.
Um total de 13 políticos concorrerá nas primárias de outubro, entre eles o ex-governador Henrique Capriles e a ex-deputada María Corina Machado - ambos inabilitados para ocupar cargos públicos pela Controladoria Geral da União -, que o governo descreveu como "traidores da pátria".
As eleições primárias da oposição estão ameaçadas de suspensão, já que o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) admitiu nesta segunda-feira para estudo um recurso constitucional que pretende dissolver esse processo, de acordo com o pré-candidato presidencial independente Luis Ratti, que apresentou o pedido à corte.
Ratti considera que essas eleições têm vícios de processo, pois admitem candidaturas de políticos proibidos da ocupar cargos públicos eletivos.