Os candidatos Keiko Fujimori e Ollanta Humala| Foto: Reuters

Keiko Fujimori e Ollanta Humala subiram o tom das críticas e encerraram ontem a campanha do segundo turno das eleições presidenciais peruanas com comícios em Lima, distantes apenas algumas quadras um do outro. A deputada, filha do ex-presidente Alberto Fujimori, e o candidato nacionalista vão chegar à votação de domingo em empate técnico, segundo pesquisas.

CARREGANDO :)

Além dos últimos movimentos da campanha, Keiko e Humala protagonizam também uma batalha de denúncias, chamada pelos peruanos de "guerra suja". Ontem, o nacionalista voltou a acusar a adversária de ter sido cúmplice das violações de direitos humanos no governo do pai, enquanto ela acusou o esquerdista de envolvimento com o narcotráfico.

Discursando na Praça Dois de Maio, tradicional palco de concentrações de trabalhadores, Humala tentou envolver Keiko nas denúncias de esterilizações forçadas de mulheres pobres durante o regime do pai, dizendo que os responsáveis cercam atualmente a candidata. "Não escutemos as desculpas de Keiko Fujimori pelas esterilizações forçadas. Há um dano irreparável, que não pode ser solucionado em uma campanha eleitoral", disse Humala.

Publicidade

A um quilômetro dali, na Praça Bolognesi, Keiko relembrou a proximidade do adversário com o presidente da Venezuela. "Humala tenta se afastar da imagem de Hugo Chávez, mas não pode fazê-lo, pois deve muitos favores a ele", acusou a deputada, que pediu ainda esclarecimentos sobre a relação do rival com o narcotráfico.

Veja também
  • Alemanha reporta 199 novos casos de E.coli em 2 dias
  • Chávez anuncia viagem pela América Latina após melhora de saúde
  • Morre Albertina Sisulu, ícone do movimento anti-apartheid