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De Toronto a Tóquio, passando por Londres e Paris, os americanos que residem no exterior estão sendo convocados por seus candidatos à presidência americana a contribuir com fundos para financiar a campanha eleitoral que será, segundo especialistas, a mais cara da história dos Estados Unidos.

Barack Obama, que disputa a vaga para concorrer à presidência pelo Partido Democrata, enviou, na segunda-feira passada, sua esposa Michelle a Londres para arrecadar fundos para a campanha.

A principal rival de Obama e atual favorita para ser a candidata do partido, a ex-primeira-dama Hillary Clinton, também enviou o cônjugue, Bill Clinton, para a capital britânica, no início de outubro.

Já entre os republicanos, o favorito para a candidatura à presidência é Rudoplh Giuliani, que também viajou a Londres, em setembro, para coletar verbas para a campanha.

"Devido ao custo da eleição para presidente nos Estados Unidos, é importante aproveitar todas as oportunidades para arrecadas fundos", explicou Giuliani, ex-prefeito de Nova York. "Isso pode fazer a diferença", assegurou.

Entretanto, até o momento, a soma de doações feitas por americanos fora do país ainda são bastante pequenas se comparadas às verbas internas.

A coleta de fundos fora dos Estados Unidos soma cerca de 500.000 dólares nos seis primeiros meses do ano. Os especialistas acreditam que as campanhas podem superar o montante de 1 bilhão de dólares.

"Os candidatos buscam dinheiro em qualquer lugar", disse à AFP Massie Ritsch, diretor de comunicação do Center for Reponsive Politics, um grupo independente que calcula as finanças de campanhas políticas.

"Com tantos americanos que vivem no exterior, é natural que esses lugares se tornem alvo para campanhas de arrecadação", considerou.

Os especialistas asseguram que as contribuições fora dos Estados Unidos, este ano, vão superar os valores da última campanha, em 2004, que foram de 900.000 dólares.

Até agora, os americanos residentes na Grã-Bretanha são os doadores mais generosos: 350.000 dólares só esse ano. Logo depois aparecem os cidadãos residentes em bases militares, como Genebra, Hong Kong e Tóquio.

As doações em dinheiro são a forma com que os americanos fora do país encontram para ajudar seu candidato, já que, devido ao distanciamento, não podem colaborar mais diretamente.

Barack Obama é o candidato que recebeu mais doações deste tipo, cerca de 200.000 dólares, entre janeiro e junho. Giuliani segue a lista, com cerca de 120.000 dólares, e Hillary conseguiu até agora o montante de 51.500 dólares.

"Antes, os candidatos prestavam pouca atenção aos votantes fora do país, mas com o desenvolvimento da internet se tornou mais fácil entrar em contato com os cidadãos espalhados pelo mundo", explica o vice-presidente dos democratas no estrangeiro, Toby Condliff, que reside em Toronto.

Cerca de 6 milhões de americanos vivem, atualmente, fora dos Estados Unidos.

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