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Os principais candidatos a primeiro-ministro de Portugal, o socialista Pedro Nuno Santos e o conservador Luís Montenegro, expressaram sua esperança de que haja uma elevada participação nas eleições legislativas realizadas neste domingo (10) no país.
O primeiro a votar foi Montenegro, líder da coligação de centro-direita Aliança Democrática (AD), na região onde tem residência familiar, Espinho, a quase 300 quilômetros de Lisboa, onde votou por volta de 11h10 (hora local). “Estou muito tranquilo, muito otimista, mas com respeito pelo que cada um vai expressar”, disse, ao mesmo tempo que afirmou que sua expectativa é que “haverá uma boa participação” dos eleitores. Ele afirmou que pretende passar o dia com a família “à espera do que a vontade popular possa expressar”.
O líder do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, votou minutos depois em Telheiras, nos arredores de Lisboa, às 11h45 (hora local) e estava acompanhado do filho, Sebastião. Assim como Montenegro, ele cumprimentou os membros da mesa antes e depois da votação e em seguida conversou com os jornalistas. “É o maior dia da nossa democracia”, começou Santos. “É importante que as pessoas participem”, acrescentou, “é um dia muito importante”. O candidato enfatizou a importância dos portugueses transmitirem aos seus filhos a importância de irem às urnas.
Portugal é um país onde a participação não costuma ser elevada nas eleições: Nas legislativas de 2022 a percentagem foi de 51,42%. A votação deste domingo é acompanhada de chuva, neve e vento forte em algumas zonas, o que poderá dissuadir os eleitores de irem exercer seu direito.
Santos e Montenegro passarão o dia com a família antes de se juntarem à noite aos eventos organizados por seus partidos na capital portuguesa para acompanhar o resultado das eleições. Quase todos os candidatos dos partidos com assento no Parlamento dissolvido em janeiro já tinham votado antes das 12h (hora local), exceto o líder do partido de extrema-direita Chega, André Ventura, que o fez às 12h20, em Lisboa.
Cerca de 10,8 milhões de portugueses estão aptos a votar nas eleições em Santos e Montenegro que disputam a chefia do governo. Nestas eleições, serão renovados os 230 assentos no Parlamento e, embora as pesquisas deem vantagem à direita, projetam um cenário sem maiorias absolutas, pelo que os pactos serão essenciais para formar governo e a extrema-direita poderá desempenhar um papel fundamental como terceira força mais votada.
Esta votação antecipada ocorre após o primeiro-ministro, o socialista António Costa, ter renunciado em novembro do ano passado, após o Ministério Público anunciar que o estava investigando por supostas irregularidades.