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A estratégia adotada pela Casa Branca para combater a Al-Qaeda no Iêmen, apresentada repetidas vezes como um modelo pelo presidente americano, Barack Obama, caiu por terra na quinta-feira com o colapso do governo iemenita e a renúncia do homem que pessoalmente aprovou os ataques com drones dos EUA no país.

As autoridades americanas tiveram dificuldades para compreender quem, se é que alguém, estaria no controle do Iêmen. A perspectiva de que o caos vá continuar põe em dúvida a viabilidade das medidas de combate ao terrorismo do governo americano e a possibilidade de se contar com ajuda local na luta contra a Al-Qaeda.

"Uma situação perigosa que somente piorou, com graves implicações para nossas operações de contraterrorismo", disse o parlamentar Adam Schiff, democrata da Califórnia, membro da comissão de inteligência da Câmara. "Nossa relação com o governo do Iêmen era vital na luta contra a Al-Qaeda e todos os esforços precisam ser empreendidos para continuarmos com essa parceria."

Em setembro, o presidente Obama citou sua estratégia para o Iêmen como o formato ideal para lutar contra as ameaças jihadistas em outros lugares, incluindo Iraque e Síria.

Descartando o envio de um grande número de soldados para combater diretamente a afiliada da Al-Qaeda no Iêmen, o Pentágono limitou sua presença a um pequeno número de instrutores para ensinar e equipar as forças de segurança iemenitas.

O outro alicerce da estratégia americana são os drones que supervisionam o Iêmen do alto e lançam ataques aéreos contra alvos suspeitos da Al-Qaeda na Península Arábica, braço da rede terrorista instalado no país. Operados pela CIA e o Comando de Operações Especiais Conjuntas do Exército, os drones estão estacionados fora do Iêmen, mas os militares americanos, até agora, vinham recebendo autorização dos iemenitas para os ataques.

Se a ordem e um regime aliado não forem restaurados no Iêmen em breve, a Casa Branca terá pela frente uma decisão difícil: manter os drones, mesmo que violem a soberania do país, ou suspender as operações e relaxar o combate à Al-Qaeda.

O dilema é ampliado pelo fato de que as decisões da CIA e do Exército americano dependem em grande parte das informações de inteligência do governo iemenita obtidas de fontes em campo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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