Lee disse estar profundamente envergonhado| Foto: Yonhap/Reuters

Autoridades sul-coreanas prenderam o capitão da balsa que afundou, na quarta-feira, na Coreia do Sul. Um dos membros da tripulação confirmou relatos de que o capitão Lee Joon-seok, de 69 anos, foi um dos primeiros a abandonar o navio, durante o naufrágio.Em uma entrevista ao The Wall Street Journal, o membro da tripulação Oh Yong-seok, que não é alvo de mandado de prisão, recriou os momentos finais caóticos antes de o navio afundar na quarta-feira de manhã. Ele disse que, embora os membros da tripulação tenham abandonado o barco, eles fizeram tudo o que podiam para primeiro retirar os passageiros. "Nós não violamos as regras", disse Oh. "Nós simplesmente não conseguimos salvar as pessoas. Nós não conseguimos nos aproximar da cabine onde os passageiros estavam. O navio estava inclinado demais, e foi de repente."

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O foco sobre as ações finais dos membros da tripulação veio depois de um terceiro dia de frustração, confusão e tragédia que não ofereceu novos avanços nas tentativas de recuperação dos cerca de 300 passageiros que continuam desaparecidos. Os investigadores também não pareceram estar mais perto de compreender por que o navio fez o que chamou de "curva à direita radical" pouco antes de começar a afundar. "Estou muito triste e profundamente envergonhado. Eu não sei o que dizer," afirmou Lee a um grupo de repórteres.

Na sexta-feira à tarde, um dos resgatados da balsa cometeu suicídio, segundo a polícia local. Kang Min-gyu, vice-diretor da escola onde os 325 estudantes a bordo do navio estudavam, foi encontrado enforcado perto do ginásio na ilha de Jindo, onde os familiares das vítimas se reuniram. Segundo a polícia, Kang deixou um bilhete que dizia: "Por favor, me classifiquem como o responsável por tudo isso. Eu incentivei a excursão escolar. Cremem o meu corpo e espalhem as minhas cinzas sobre o local naufrágio do navio. Eu possa me tornar um professor de novo na vida após a morte para os alunos cujos corpos ainda não foram encontrados".

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Os desenvolvimentos ocorreram em meio a novos retrocessos na tentativa de levantar a balsa do mar. Quatro grandes guindastes foram enviados ao local do naufrágio nesta sexta-feira, disse a Guarda Costeira. Segundo o órgão, 268 passageiros continuam desaparecidos, embora a contagem de mortos tenha sido elevada para 28, à medida que mais corpos foram encontrados. Fonte: Dow Jones Newswires.