• Carregando...
Líder da oposição Henrique Capriles durante comício em Maracaibo, onde falou para universitários | Isaac Urrutia/Reuters
Líder da oposição Henrique Capriles durante comício em Maracaibo, onde falou para universitários| Foto: Isaac Urrutia/Reuters

Resposta

Estados Unidos negam plano para matar o candidato oposicionista

Efe

Os Estados Unidos rejeitaram categoricamente a afirmação do presidente encarregado da Venezuela, Nicolás Maduro, de que funcionários do Pentágono e da CIA estejam por trás de planos para assassinar o candidato opositor Henrique Capriles.

"Os EUA rejeitam categoricamente as acusações de participação em qualquer trama para desestabilizar alguém na Venezuela", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, em sua entrevista coletiva diária.

Nuland acrescentou que, até onde ela sabe, o governo venezuelano não transmitiu nenhuma mensagem ou pedido formal com relação ao executivo americano, além do alerta que Maduro lançou no domingo ao presidente Barack Obama em uma entrevista ao canal privado Televen. Maduro disse que a trama assassinaria Capriles para "jogar a culpa no governo bolivariano e criar um caos na Venezuela".

20 países é o número estimado das nações que se beneficiam do petróleo venezuelano sob uma emaranhada rede de convênios internacionais que envolve Caracas, Caribe, América Central e América do Sul.

Henrique Capriles, o candidato opositor à presidência da Venezuela disse que está disposto a deixar de entregar petróleo a Cuba, o que colocaria fim a um dos pactos petrolíferos mais defendidos pelo presidente Hugo Chávez, morto no último dia 5.

"Os presentes a outros países vão acabar. Não vai mais sair nenhuma só gota de petróleo para financiar o governo dos Castro", disse ontem Capriles em discurso a universitários.

Ele advertiu que, se eleito, também fechará a torneira que abastece com petróleo outros países aliados da Venezuela com condições vantajosas para os compradores..

Sob uma emaranhada rede de convênios internacionais, Caracas entrega petróleo a cerca de 20 países do Caribe, América Central e América do Sul.

Troca

Capriles enfrentará o presidente interino e herdeiro político de Chávez, Nicolás Maduro, na eleição presidencial de 14 de abril.

Caracas e Havana assinaram um convênio em 2000 sob o qual a Venezuela se comprometeu a entregar petróleo à ilha em troca da prestação de serviços médicos às populares missões empreendidas por Chávez para atender aos segmentos mais pobres da sociedade.

O convênio foi se ampliando e Cuba começou a prestar serviços em setores como mineração, esporte, eletricidade, entre outras áreas da economia.

"Castro usa os venezuelanos, usa nosso povo, para que esse governo fique rico", acrescentou Capriles.

Loucura

O líder interino da Venezuela e candidato presidencial, Nicolás Maduro, assegurou ontem que o governo vai evitar que se faça "qualquer loucura" contra o candidato da oposição, Henrique Capriles, embora tenha insistido em suas denúncias sobre supostos planos de setores da extrema-direita dos Estados Unidos.

"Esse candidato sabe que tem todas as garantias para fazer sua campanha em liberdade e que nós vamos evitar qualquer loucura contra ele. Garantimos isso, mas peço consciência e apoio de todo o povo da Venezuela porque essa gente faz cálculos macabros", indicou Maduro em um ato de organização de campanha.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]