O candidato da oposição à Presidência da Venezuela, Henrique Capriles pediu desculpas, nesta quinta-feira, à família do falecido presidente Hugo Chávez, condição que foi imposta pelo candidato governista, o presidente encarregado do país, Nicolás Maduro, para aceitar um debate visando as eleições nacionais de 14 de abril.
"Se alguma palavra minha ofendeu o presidente, peço desculpas públicas", disse Capriles, que, no entanto, afirmou que "jamais" ofendeu Chávez e nem sua família, "apesar de todos os insultos e desqualificações" que recebeu.
Sobre o debate, afirmou que gostaria de discutir com Maduro, quem definiu como "uma má imitação" de Chávez, sobre "o modelo dos Castro" em Cuba e sobre uma variedade de problemas que afetam a Venezuela, entre os quais destacou a insegurança.
"Vamos debater, Nicolás e Capriles, sobre a insegurança, a economia, a água, o urbanismo, os emprego e as expropriações", acrescentou Capriles em entrevista à emissora privada "Unión Rádio".
O dirigente opositor, que concorrerá nas urnas com Maduro e outros cinco candidatos, fez um pergunta. "Quem vai acreditar que Nicolás vai resolver o problema da insegurança e os problemas dos venezuelanos?".
"Nicolás não tem respostas para nada. O país não necessita mais de improvisos", ressaltou, após sustentar que está "convencido de que nenhuma das decisões do Executivo nos últimos três meses foram tomadas" por Chávez, que faleceu em 5 de março por conta de um câncer que foi diagnosticado em 2011.
É Maduro quem "também tem que pedir perdão, porque "mentiu", por exemplo, quando assegurou que a desvalorização da moeda nacional no início do ano foi uma decisão de Chávez".
"Já estamos a 100 dias com o Governo de Nicolás e olha para onde vai o país. Nicolás é uma má imitação do presidente" e "está em campanha desde que o presidente foi fazer o tratamento" em dezembro, insistiu.
Maduro lembrou na quarta-feira que Capriles questionou o fato de que Chávez morreu em 5 de março, o que considerou uma ofensa aos familiares de quem governou o país nos últimos 14 anos.
"Se o candidato da oposição se retratar e pedir perdão público à família, eu pensarei em fazer um debate público", disse Maduro em entrevista ao canal privado "Venevisión".
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