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Manifestante devolve granada de gás para a polícia durante protesto  contra o governo Maduro na capital venezuelana | Carlos Garcia Rawlins/Reuters
Manifestante devolve granada de gás para a polícia durante protesto contra o governo Maduro na capital venezuelana| Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters

A acusação

O assessor especial da Presidência da República Marco Aurélio Garcia rebateu as críticas feitas pelo diretor do Observatório dos Direitos Humanos, José Miguel Vivanco, que acusou a Venezuela de ser uma "anomalia" no continente sul-americano, por ter um padrão de repressão brutal de opositores.

A resposta

O Observatório afirmou que Marco Aurélio tem "entusiasmo" com os regimes bolivarianos, o que afetaria a credibilidade do Brasil. O assessor brasileiro respondeu dizendo que se preocupa "muito" com a situação dos direitos humanos em qualquer parte do mundo, especialmente na América do Sul.

A Guarda Nacional Bolivaria­na (GNB) da Venezuela avançou na madrugada de ontem sobre os últimos redutos dos protestos antigoverno, onde estudantes estavam acampados, e deteve 243 pessoas, numa ação que visa a sufocar a pior onda de manifestações no país em mais de década.

Desde as 3 horas da manhã, na hora local, centenas de policiais da GNB fortemente armados tomaram quatro acampamentos onde os opositores mantinham uma "resistência pacífica" havia algumas semanas, como alternativa aos protestos que mataram 41 pessoas desde fevereiro.

"Havia evidência de que, destes locais, estavam saindo grupos mais violentos para cometer atos terroristas: incendiar cabines de metrô, incendiar viaturas da polícia", afirmou o ministro do Interior e Justiça, Miguel Ro­­dríguez, à televisão estatal.

O ministro, que classificou os acampamentos como "violentos", assegurou que os direitos dos detidos foram res­­peitados, já que organizações não governamentais (ONGs), como o Observatório dos Direitos Humanos, relataram recentemente que o Estado venezuelano violou sistematicamente as garantias dos manifestantes durante os protestos.

Rodríguez declarou que nos acampamentos foram encontradas armas, drogas e explosivos. Entretanto, uma das pessoas detidas negou a versão oficial em uma mensagem de texto à Reuters.

"Fomos brutalmente reprimidos. Agora apresentam desculpas como drogas e armas. Faço um pedido de auxílio ao mundo para que observe esta ditadura", disse Francia Cacique, de 24 anos, coordenadora de um dos acampamentos.

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