Em tom de advertência a Caracas, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, afirmou ontem que ainda não recebeu o pedido do Conselho Eleitoral da Venezuela para o envio de observadores para as eleições legislativas de setembro. A resistência em aceitar a presença de representantes de organizações internacionais aumentaria as suspeitas de fraudes no processo.

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À imprensa, Insulza justificou que, sem um pedido formal do governo venezuelano, a organização não poderá enviar uma missão ao país. Alvo de críticas recorrentes do Congresso dos Estados Unidos, que acusa a OEA de inércia diante da degradação da democracia na Venezuela, Insulza teve o cuidado de ressaltar que até o momento, "nenhum país-membro pediu a atuação da entidade na Venezuela".

"A democracia não pode ser imposta de fora para dentro", defendeu Insulza, valendo-se de uma frase do presidente norte-americano, Barack Obama. "Podemos mandar 50 missões ao país, mas o problema da democracia na Venezuela se resolve dentro do próprio país." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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