Cardeais aprovam reforma da economia aplicada pelo papa

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A reforma dos órgãos financeiros do Vaticano e a criação do chamado "Ministério" da Economia, implementado pelo papa Francisco foi muito elogiada pelo colégio cardinalício, reunido nesta sexta-feira (13) em Roma para a nomeação de outros 20 cardeais.

O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, comentou a aprovação em entrevista coletiva na qual informou dos temas tratados durante o segundo dia do consistório de cardeais.

Os 164 cardeais presentes em Roma escutaram os relatórios dos responsáveis dos recém-criados organismos econômicos, a única reforma até agora finalizada.

Discursaram o prefeito regional da Secretária Econômica, o cardeal George Pell; o presidente do Conselho de Economia, Reinhard Marx, o vice-presidente do comissão investigadora dos organismos econômicos e administrativos da Santa Sé, Joseph Zara, e o presidente do Instituto para Obras de Religião, Jean-Baptiste De Fransu.

Lombardi explicou que nas perguntas e nas intervenções posteriores dos prelados o trabalho realizado foi elogiado e se avaliou que essa reforma era considerada "difícil e importante".

Os cardeais em geral "apreciaram a reforma da economia, se mostraram convencidos e insistiram na necessidade de transparência neste setor e também avaliaram o processo".

Na tarde desta sexta o cardeal Patrick O'Malley, responsável pela Comissão Pontifícia para a tutela de menores, fará um relatório de seu trabalho, após a primeira reunião do organismo na semana passada.

As reuniões serviram para o Colégio Cardinalício conhecer pela primeira vez como evoluem os trabalhos para o nascimento de uma nova Constituição que revolucionará a atual estrutura da Cúria, o governo vaticano, e que é realizada pela comissão conhecida como "C9", criada por Francisco. Segundo Lombardi, se trata de um caminho ainda longo e de grande dificuldade.

Os cardeais foram informados e puderam dar sua opinião, mas, segundo Lombardi, não será realizada nenhuma votação sobre o texto final e será o "C9" com o papa que aprovará a nova Constituição, que substitui a Pastor Bonus de 1988.