Hillary pode assumir o cargo de secretária de Estado a partir de 20 de janeiro| Foto: Ana Martinez / Reuters

Hillary planeja aceitar convite de Obama para Secretaria de Estado, diz "Guardian"

A senadora Hillary Clinton planeja aceitar a oferta do presidente eleito dos EUA, Barack Obama, para ser sua secretária de Estado, afirma nesta terça-feira (18) o jornal britânico "Guardian". Segundo a reportagem, a ex-adversária de Obama nas primárias eleitorais estaria em dúvida apenas entre seguir a incerta carreira da chancelaria ou se dedicar no Senado a uma futura candidatura à Presidência. O presidente eleito teria convidado Hillary para o cargo na quinta-feira passada, durante encontro em Washington, mas o envolvimento de seu marido, o ex-presidente Bill Clinton, com líderes internacionais por meio de sua fundação pode representar um obstáculo para a escolha da senadora.

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A indicação de Hillary Clinton para o cargo de secretária de Estado no governo de Barack Obama ainda depende de uma análise sobre as atividades empresariais do marido dela, o ex-presidente Bill Clinton.

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Obama se encontrou na quinta-feira passada com a ex-adversária Hillary para discutir o cargo de secretária de Estado, que ela eventualmente pode assumir a partir de 20 de janeiro.

A equipe de transição de Obama deve examinar o trabalho do ex-presidente após a Casa Branca para determinar se a esposa dele teria condições de passar na sabatina do Senado para o cargo.

Bill Clinton fez fortuna desde que deixou a Casa Branca, no começo de 2001, e supostamente possui cerca de 100 milhões de dólares, grande parte vindos de palestras e direitos sobre livros.

Ele atua como embaixador honorário, e sua Fundação William Jefferson Clinton já angariou milhões de dólares no mundo todo para o combate à Aids, à malária e ao aquecimento global.

Alguns especialistas políticos acreditam que ele deveria ter de divulgar uma lista de doadores que o ajudaram a construir a biblioteca presidencial do Arkansas e a financiar sua fundação.

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"Deveria haver um rígido acordo a respeito da divulgação", disse Larry Sabato, cientista político da Universidade da Virginia. "Porque uma coisa que aprendemos sobre Bill Clinton é que, se ele puder se esquivar da divulgação, ele irá."

Muitos democratas acreditam que ele estaria disposto a aceitar alguns limites sobre suas atividades a fim de evitar qualquer aparição de um conflito de interesses, caso suas esposa se torne a chefe da diplomacia do país.

"Acho que a única questão daqui para frente é se o ex-presidente está disposto a fazer menos do que atualmente", disse o estrategista democrata Steve Elmendorf, simpatizante de Clinton. "Obviamente, ele tem muitos negócios pelo mundo, e me parece que está disposto a fazer menos."