O Caribe continua em alerta depois da passagem do furacão Gustav, no fim de semana, com saldo de 103 mortes (o ex-presidente de Cuba, Fidel Castro, chegou a dizer que sua passagem foi como um ataque à bomba atômica para a ilha) e da tempestade tropical Hanna, que matou ao menos 26 pessoas no Haiti e alagou a cidade de Gonaives. Agora, a tempestade tropical Ike se fortaleceu sobre o oceano Atlântico e chegou ontem à categoria 1 de furacão, conforme o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês).
É o quinto furacão da temporada atlântica deste ano. A velocidade de seus ventos é de 129 km/h, e ele se localiza 1.080 km a nordeste das Ilhas Leeward.
É cedo porém para saber quanto estrago ele causará. Ike deve alcançar a costa americana após a passagem da tempestade tropical Hanna que atrasou o andamento da próxima missão do ônibus espacial Atlantis ao espaço.
A décima tempestade tropical da temporada, Josephine, também já começou a se formar próxima das ilhas de Cabo Verde, no Caribe. A má notícia é que o fenômeno também pode se transformar em furacão.
Brasileira
As buscas pela estudante brasileira Fernanda Okamura Abensur, de 22 anos, que desapareceu na segunda-feira em enxurrada em Porto Rico, foram prejudicadas ontem pela chuva, provocada pela passagem do furacão Hanna na região.
"Não é correto dizer categoricamente que não há buscas, porque 60 pessoas continuam na área", disse o diretor da Agência Estatal para o Manejo de Emergências e Administração de Desastres do país, José Daniel Echevarría.
As buscas devem continuar hoje. A única pista encontrada foi a roupa de banho que Fernanda usava.
Os parentes da estudante de mestrado em biologia aguardam vistos para ir ao país acompanhar o trabalho. O Itamaraty informou que a família da brasileira está recebendo as orientações necessárias.