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Campanha eleitoral

Carisma e dinheiro, as armas de Morales

Morales lança plano de extração de lítio: a Bolívia tem a maior reserva do mundo do mineral usado em baterias | Aizar Raldes/AFP
Morales lança plano de extração de lítio: a Bolívia tem a maior reserva do mundo do mineral usado em baterias (Foto: Aizar Raldes/AFP)

Tinguipaya - Dar dinheiro para famílias pobres, fazer discursos apaixonados contra empresas e aprovar pesados gastos sociais estão ajudando o presidente boliviano, Evo Morales, em sua forte campanha para a reeleição. Mas seus partidários mais fervorosos, que construíram um culto de personalidade em torno dele, dizem que a identificação de Morales com suas raízes de índio pobre são a verdadeira razão de sua popularidade.

Morales, um aimará que na infância cuidava de um rebanho de lhamas, perdeu quatro irmãos por causa da pobreza e nunca completou o ensino fundamental. Em 2006 ele se tornou o primeiro presidente de origem índia da Bolívia, obtendo forte apoio da população indígena, majoritária no país.

"Evo vai ganhar novamente porque tem muito apoio de pessoas que o amam em toda a parte porque ele é um índio. Ele é um de nós", diz Claudio Checa, camponês de Tinguipaya, uma remota vila quíchua de casas de argila e estradas de terra, onde Morales fez uma parada na campanha durante o fim de semana.

Mas nem tudo é carisma. Morales gasta cerca de US$ 320 milhões por ano em subsídios para encorajar os pais a manterem os filhos nas escolas, em incentivos para persuadir mulheres grávidas e se submeter a exames regulares e reduzir a alta mortalidade infantil.

Os cofres do governo estão cheios de dinheiro por causa do alto preço das exportações de gás natural da Bolívia, mas também porque Morales nacionalizou a indústria energética e obrigou as empresas estrangeiras a pagarem mais impostos.

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