A organização de assistência humanitária Caritas, ligada à Igreja Católica, informou ontem que mais mil civis morreram durante os confrontos recentes na Costa do Marfim, em Duekoue (região oeste do país). Na sexta-feira, representantes da Cruz Vermelha estimavam em 800 o número de mortes em combates nesta mesma cidade ao longo da semana.

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A cidade, assim como seus arredores, já foi duramente atingida várias vezes pela violência, sendo um importante cruzamento estratégico do oeste do país. Representantes das Nações Unidas, que têm um contingente de aproximadamente mil soldados no país africano, não confirmaram esses números.

O porta-voz da organização católica, Patrick Nicholson, afirmou que trabalhadores da Caritas visitaram Duekoue na quarta-feira e encontraram centenas de corpos com marcas de balas além de vários mortos por cortes de facão.

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Nicholson disse ainda que as mortes ocorreram em pouco mais de três dias, o período nas localidades sob controle das tropas leais ao presidente eleito Alassane Ouattara, que conta com o reconhecimento internacional. No entanto, não estava imediatamente claro quem foram os responsáveis pelo massacre.

"A Caritas não sabe quem foi responsável pela matança, mas afirma que uma investigação apropriada deve ser feita para estabelecer a verdade", disse o porta-voz.

Ele afirmou ainda que muitas das vítimas incluem refugiados, que tentavam escapar dos vários combates travados ao longo do país entre as forças leais à Quattara, eleito em novembro, e o líder do governo marfinense, Laurent Gbagbo, que não reconhece o resultado das eleições e se recusa a deixar o poder.

As forças de Quattara têm negado participação em outros episódios de violência, mas ainda não houve manifestações sobre essa última tragédia.