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França

Carla Bruni fica mais discreta na campanha eleitoral de Sarkozy

Sarkozy e Carla Bruni durante evento em Marselha, no domingo (19) | Philippe Wojazer/AFP Photo
Sarkozy e Carla Bruni durante evento em Marselha, no domingo (19) (Foto: Philippe Wojazer/AFP Photo)

Enquanto Nicolas Sarkozy se empenha na campanha para a reeleição na França, remodelando-se como presidente do povo, a primeira-dama francesa, Carla Bruni, parece estar passando por uma transformação para parecer mais comum. A supermodelo e cantora, que posou nua e namorou astros do rock antes do romance com o recém-eleito Sarkozy em 2007, costumava brilhar em trajes da moda em seus primeiros anos como terceira mulher do presidente. Mas no domingo (19), ao aparecer pela primeira vez num evento da campanha eleitoral, Carla, de 44 anos, parecia apagada em uma jaqueta e calça comprida, com pouca maquiagem e cabelos soltos. Ainda mais surpreendente foi a presença de Carla - nascida na Itália, em família rica - na capa de uma revista de entretenimento, na semana passada, enrolada em um suéter num sofá, com calças largas e meias, falando dos programas que gosta de ver. Uma distância homérica em relação à exuberante sessão de fotos na Vanity Fair em 2008, para a qual posou no topo do palácio presidencial em um provocante vestido vermelho de baile. Na entrevista à revista de TV, Bruni falou como primeira dona de casa do país, comentando reality shows enquanto acariciava seu bebê, Giulia, de apenas 4 meses. No mesmo dia ela apareceu no 20 Minutes, jornal distribuído gratuitamente em estações de metrô. Vestindo um cardigã marrom, sem maquiagem e com os cabelos presos, Bruni disse que ficaria 100 por cento do tempo ao lado de Sarkozy na campanha. Bruni está adotando o novo visual num momento em que Sarkozy se esforça para mudar a imagem consolidada no seu primeiro mandato, de ser muito espalhafatoso e apegado à companhia de ricos empresários, em contraste com antigos presidentes que tinham gostos mais simples, em conformidade com a França rural. Os paparazzi seguiram cada passo de seu romance com Bruni no final de 2007, fato que causou repulsa a boa parte do eleitorado na França.

"A imagem de casal celebridade fez um grande estrago, aborrecendo a tradicional base conservadora dele", disse o cientista político Arnaud Mercier, da Universidade de Lorraine. "Sarkozy quer corrigir isso se apresentando como alguém comum, mas a imagem faiscante está tão enraizada que as pessoas podem não se convencer." Pesquisas de opinião mostram que dois terços dos entrevistados têm uma opinião negativa de Sarkozy. Ele está atrás do socialista François Hollande, nas pesquisas de intenção de voto para a eleição presidencial, que será realizada em 22 de abril e, num provável segundo turno, em 6 de maio.

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