O ex-presidente da Argentina Carlos Menem, 85, foi condenado nesta terça-feira (1º) a quatro anos e meio de prisão por peculato por desviar dinheiro para fazer pagamentos extras a secretários e ministros de seu governo (1989-1999).
A condenação, do caso conhecido como “sobresalários”, é a segunda contra o ex-mandatário. Os pagamentos foram feitos com dinheiro destinado a outras áreas e que foi desviado do Orçamento da Nação.
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Além dele, foram condenados pelo mesmo crime seu ministro de Economia, Domingo Cavallo, a três anos e meio de prisão, e seu ministro de Justiça, Raúl Granillo Campo, a três anos e três meses de prisão.
A secretária do Meio Ambiente de Menem, María Julia Alsogaray, foi absolvida, assim como outros oito acusados. O caso, reaberto em março, foi conduzida pela Justiça apesar de a defesa dizer que o crime já havia prescrito.
Menem não será preso de imediato por ser senador e ter foro privilegiado. Desse modo, ele só poderá cumprir prisão depois que todos os processos aos quais responde serem avaliados pela Suprema Corte. Ele tem mandato como senador até dezembro de 2017, quando terá 87 anos.
A primeira condenação do ex-presidente foi em junho de 2013. Na ocasião, ele foi sentenciado a sete anos de prisão por sua responsabilidade no contrabando de armas à Croácia e ao Equador durante seu governo.
Ele ainda responde por encobrimento de provas do atentado à Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), com 85 mortos, em 1994, e pela fraude em uma concessão de rádio ao grupo francês Thales.
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