Carlos, o Chacal, que cumpre pena de prisão perpétua na França pela morte de dois agentes secretos do país, poder ser novamente julgado por atentados que mataram 11 pessoas e feriram 200 no começo da década de 1980, disse uma fonte judicial na segunda-feira.

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O Ministério Público de Paris pediu que ele seja levado a julgamento, segundo a fonte. Esses pedidos precisam ser aprovados por um juiz, e raramente são rejeitados.

Os promotores dizem que o venezuelano Ilich Ramírez Sánchez, seu verdadeiro nome, cometeu atentados com bombas para pressionar pela libertação de sua companheira Magdalena Kopp, ex-revolucionária alemã na época detida na França.

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Carlos, 57, está sendo acusado pela explosão de 29 de março de 1982 em um trem Paris-Touluse; pela explosão de 22 de abril de 1982 contra a redação do jornal Al Watan, na periferia de Paris; e pelos ataques de 31 de dezembro de 1983 num trem rápido e numa estação de Marselha.

Se ele for considerado culpado, as sentenças serão cumpridas concorrentemente à prisão perpétua a que foi condenado em 1996, pela morte de dois agentes secretos e de um informante deles, em 1975.

Na época dos atentados da década de 1980, Carlos era ligado à Frente Popular de Libertação da Palestina, mantendo um grupo multinacional de ativistas com apoio de serviços secretos do então bloco soviético.

O Chacal já foi um dos homens mais procurados do mundo. Ficou especialmente famoso em 1975, com um ataque à sede da Opep em Viena, no qual ele e cinco cúmplices fizeram 70 reféns, inclusive 11 ministros do Petróleo.

Em 1994, a França retirou Carlos do seu refúgio no Sudão, onde havia se convertido ao Islã e casado com uma muçulmana local. Depois disso, ele se casou com sua advogada francesa.

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O juiz responsável pelo caso deve se manifestar sobre a denúncia dos promotores nas próximas semanas, segundo a fonte judicial. O julgamento propriamente dito só deveria ocorrer no final de 2007.