O Senado da Carolina do Sul aprovou ontem a retirada da bandeira dos Estados Confederados da América do mastro da frente do prédio do Congresso do estado do sul dos Estados Unidos.
Símbolo dos estados que mantinham a escravidão durante a Guerra de Secessão (1861-1865), a bandeira é considerada racista por ter ficado associada a grupos de supremacia branca como a Ku Klux Klan.
O debate voltou à tona há três semanas, quando Dylann Roof, de 21 anos, matou nove negros em uma igreja em Charleston. Em manifesto na internet, o jovem posou com uma bandeira confederada e apareceu queimando uma bandeira dos Estados Unidos.
A retirada foi aprovada com 37 votos a favor e três contrários. A medida ainda terá de passar por nova votação na Casa antes de seguir para a Câmara dos Representantes do estado. Não há previsão de data para as demais etapas do processo.
Antes da votação definitiva, os senadores rejeitaram emendas que deixavam a lei menos dura. Um projeto, por exemplo, permitia que a bandeira fosse hasteada no Dia da Memória dos Confederados, que é em 10 de maio no estado.
A previsão é que a bandeira confederada que hoje está em frente ao prédio do Legislativo estadual seja levada ao Museu Militar e de Relíquias Confederadas do Estado se a lei for aprovada.
Protestos
Do lado de fora do Congresso, na capital Columbia, a votação era esperada por grupos favoráveis e contrários à bandeira confederada. A polícia precisou intervir em um confronto entre ativistas negros e pessoas favoráveis ao símbolo.
Os manifestantes defensores da rejeição da lei carregavam diversas bandeiras confederadas. Alguns deles pediam o veto da governadora Nikki Haley e chamavam de “racista” a Associação Nacional para o Avanço das Pessoas de Cor.
Antes do ataque de Dylann Roof, a bandeira não era objeto de debate na Carolina do Sul. O primeiro projeto pedindo a retirada foi feito na década de 1990, mas foi arquivado sem passar por votação.
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