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O ator morreu aos 74 anos, de câncer | Eric Gaillard/Reuters
O ator morreu aos 74 anos, de câncer| Foto: Eric Gaillard/Reuters

Símbolo de rebeldia no cinema norte-americano, o ator e diretor Den­­nis Hopper morreu no último sá­­bado em sua casa em Ve­­ni­­ce, nas proximidades de Los An­­geles, na Califórnia. Ele tinha 74 anos e sofria de câncer na prós­­tata.

Hopper começou a atuar nos anos 1950 e contracenou em dois filmes com o astro James Dean. Sua carreira foi marcada pela reputação de sofrer ataques nervosos e pelo consumo de ál­­cool e drogas.

Ele se tornou famoso com Easy Rider – Sem Destino, de 1969, do qual foi coautor do roteiro, diretor e ator. O filme sobre uma dupla de motoqueiros drogados que faz uma viagem pelo sudeste e sul dos Estados Unidos foi indicado ao Oscar de melhor roteiro original.

Hopper foi casado cinco ve­­zes. Com a atriz e cantora Mi-­chelle Phillips, do grupo The Ma­­mas Ant the Papas, o casamento durou apenas oito dias. Entre suas ex-mulheres, está também Daria Halprin, atriz de Zabriskie Point, o filme de Michelangelo An­­tonioni.

Em janeiro deste ano, ele pe­­diu divórcio de sua última mu­­lher, Victoria, 32 anos mais jo­­vem.

O começo

Dennis Lee Hopper nasceu em 1936 em Dodge City, no Kansas. Depois de se mudar com a família para San Diego, na Califórnia, atuou em peças de Shakespeare no Old Globe Theater. Mais tarde, em Nova York, estudou arte dramática no Actors Studio de Lee Strasberg.

Foi dispensado pela Columbia Pictures por insultar seu patrão, Harry Cohn. Ainda adolescente assinou com a Warner Brothers e atuou em dois filmes estrelados por James Dean, Rebelde Sem Causa e Giant – Assim Caminha a Humanidade.

Durante a maior parte da dé­­cada de 1970, Hopper fez filmes de baixo orçamento na Eu­­ropa. Sua volta a Hollywood aconteceu em 1979, como o jornalista drogado de Apocalypse Now, de Francis Ford Coppola.

Nesse período, Hopper continuou a ter seu trabalho atrapalhado por drogas e álcool. Che­­gou a ser internado em um hospital psiquiátrico de Los Angeles e passou a frequentar os Alco­­ólicos Anônimos.

Em 1986, foi indicado ao Os­­car de melhor ator coadjuvante por Momentos Decisivos; e atuou em "Veludo Azul", fa­­zendo um personagem que anos depois seria listado em 36.º lugar ran­­king dos 50 maiores vilões da história do cinema, preparado pelo Ame­­rican Film Institute.

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