Carro destruído em Damasco, capital da Síria| Foto: Reuters

A explosão de um carro-bomba próximo a um complexo de segurança em Damasco, a capital da Síria, neste sábado, matou 17 civis, e foi descrita como um ataque terrorista pelo ministro do Interior. A explosão, na estrada para o principal aeroporto da cidade, foi o terceiro grande ataque no país neste ano.

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A TV estatal disse que a explosão do carro-bomba com 220 quilos de explosivos foi um dos maiores ataques em Damasco desde a série de bombardeios no início dos anos 80 por militantes islâmicos. Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo bombardeio.

Ainda não foi descartada a hipótese de um ataque suicida, mas as declarações do ministro do Interior indicam que investigadores sírios suspeitam que militantes muçulmanos estejam envolvidos. "Esse é definitivamente um ataque terrorista que ocorreu em uma área movimentada. É um ataque covarde", disse o ministro do Interior general Bassam Abdel Majeed na TV estatal.

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Ele afirmou que 14 pessoas ficaram feridas no incidente, embora testemunhas digam que o número é bem maior. A explosão no sul de Damasco ocorreu em um cruzamento movimentado a caminho do santuário Sit Zeinab, popular entre os peregrinos xiitas do Irã, Iraque e Líbano. Forças de segurança interditaram o local, mas testemunhas disseram que o prédio principal do complexo de segurança aparentemente sofreu poucos danos.

Imagens da televisão mostraram carros com vidros quebrados e janelas destruídas em prédios residenciais na região e um grande buraco cheio de água no local da explosão. Uma escola nas proximidades, que estava vazia devido ao fim de semana, tinha os vidros quebrados nas salas de aula. Os destroços do carro-bomba estavam espalhados pela estrada, segundo testemunhas. "A fumaça tomou conta dos prédios próximos... Eu corri para as ruas e encontrei um carro pegando fogo, chamas e fumaça", disse uma testemunha à TV.

As autoridades sírias se orgulham de manter a estabilidade no país de 10 milhões de pessoas reprimindo os dissidentes e a oposição, mas o controle tem sido desafiado recentemente por uma série de eventos violentos. O ataque de sábado foi a primeira explosão em Damasco desde o assassinato com um carro-bomba de Imad Moughniyah, o comandante militar do grupo islâmico libanês Hezbollah, em fevereiro.

O Hezbollah acusa Israel pelo assassinato, mas o país nega. No mês passado, um assessor militar do presidente Bashar al-Assad, que também era o principal contato sírio na Agência Internacional de Energia Atômica, foi assassinado a tiros no norte da Síria.