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A explosão de um carro-bomba perto de uma delegacia de polícia na cidade de Timba, na Colômbia, deixou ao menos dois mortos e dois feridos nesta quarta-feira (20).
“Um carro-bomba foi acionado a aproximadamente 50 metros de distância de uma delegacia, localizada no município de Timba. Infelizmente, duas pessoas perderam a vida e outras duas ficaram feridas”, disse o vice-diretor do Departamento de Cauca, Tito Castellanos.
O oficial afirmou que agentes de segurança estão sendo ameaçados por criminosos supostamente ligados à antiga guerrilha das Farc após o ataque, razão pela qual a polícia está recebendo apoio das Forças Militares.
O governador de Cauca, Elías Larrahondo, disse à emissora colombiana Blu Radio que o ataque cometido em Timba, que faz parte do município de Buenos Aires, "atingiu residências locais, uma escola e também um hospital".
Larrahondo afirmou ainda que ocorreu um outro ataque nesta quarta-feira contra uma delegacia de polícia em Santander de Quilichao e contra uma base militar do Exército em Suárez, sem que se saiba ainda quantos ficaram feridos na ação criminosa.
Os episódios acontecem logo após o governo e o Estado-Maior Central (EMC), a maior dissidência da guerrilha desmobilizada das FARC, anunciarem nesta terça-feira (19) que montarão uma mesa de diálogo de paz no dia 8 de outubro na cidade de Tibú, na turbulenta região de Catatumbo, quando também terá início um cessar-fogo bilateral que durará dez meses.
Na semana passada, dissidentes atacaram delegacias de polícia nos municípios de Buenos Aires, Suárez, Mondomo, Cajibío e Jambaló, onde chegaram a atirar contra helicópteros do Exército.
Além dos dissidentes das FARC, opera na região a guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN), grupo com o qual o governo tem em vigor um cessar-fogo bilateral e com o qual está negociando a paz.
No último mês, o Equador foi outro país da América Latina que sofreu ataques de carros-bomba. Os dois países têm enfrentado um aumento da violência, causada principalmente por disputas de controle em regiões portuárias e de produção de coca, matéria prima da cocaína. (Com informações da Agência EFE)