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Pelo menos 17 pessoas morreram e quase 80 ficaram feridas nesta quinta-feira quando um militante suicida detonou um carro-bomba diante da Embaixada da Índia em Cabul, situada no movimentado centro da capital afegã, informaram autoridades locais. A milícia fundamentalista islâmica Taleban reivindicou a autoria do ataque.

Em Nova Délhi, o secretário de Exterior da Índia, Nirupama Rao, disse que o militante suicida conduziu o carro-bomba até perto de um dos muros da embaixada e detonou os explosivos. Nenhum cidadão indiano morreu, mas três soldados paramilitares posicionados em uma torre de vigilância foram feridos por estilhaços, disse ele.

O ataque ocorreu um dia após a guerra ter entrado no seu nono ano e no momento em que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, analisa um pedido do comandante militar americano no Afeganistão, Stanley McChrystal, para enviar mais 40 mil soldados ao conflito.

Em Washington, um funcionário graduado do governo dos EUA disse sob anonimato que Obama está preparado para aceitar algum envolvimento do grupo fundamentalista Taleban no futuro político do Afeganistão. Obama, segundo a mesma fonte, estaria inclinado a enviar apenas mais tropas ao país da Ásia Central que sejam necessárias para manter a Al-Qaeda afastada.

Também nesta quinta-feira, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) estendeu por um ano a autorização para as forças lideradas pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) atuarem no Afeganistão. A decisão foi aprovada por unanimidade nesta quinta-feira. O conselho aprovou a extensão da permanência dos 65 mil integrantes da Força de Assistência à Segurança Internacional, destacando a importância na proteção de civis.

VOLTA DA VIOLÊNCIA - Dos 17 mortos, 15 eram civis, informou o Ministério de Interior do Afeganistão. Os outros dois eram oficiais da polícia afegã. Ainda de acordo com a pasta, pelo menos 76 pessoas ficaram feridas.

Trata-se do mais mortífero atentado perpetrado em Cabul desde 17 de setembro, quando um militante suicida provocou a morte de 16 pessoas, sendo dez civis afegãos e seis soldados italianos, no centro da capital do país.

O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, e Embaixada dos Estados Unidos em Cabul e a missão da Organização das Nações Unidas (ONU) no país denunciaram o atentado.

Depois de meses de relativa calma, a capital afegã voltou a ser alvo de ataques. O retorno da violência coincidiu com as eleições presidenciais no país, realizadas em 20 de agosto.

Ao reivindicar o atentado, o Taleban não explicou o motivo pelo qual atacou a embaixada indiana, mas o fato de a representação diplomática ter sido alvo provavelmente levantará questões sobre uma possível ligação com o Paquistão, arquirrival da Índia.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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