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Atentado

Carro-bomba mata 18 e fere 300 no Líbano

Multidão observa os estragos causados por explosão de carro-bomba em bairro de Beirute | Hasan Shaaban/Reuters
Multidão observa os estragos causados por explosão de carro-bomba em bairro de Beirute (Foto: Hasan Shaaban/Reuters)

Pelo menos 18 pessoas morreram e outras 300 ficaram feridas ontem após a explosão de um carro-bomba no bairro xiita de Beirute, um dos principais bastiões do grupo radical Hezbollah no Líbano. Um grupo desconhecido que se diz aliado dos rebeldes sírios reivindicou a ação.

De acordo com a Agência Nacional de Informação, o veí­culo com os explosivos es­tava em uma área comercial entre os bairros de Bir el-Abed e Rweiss, região de um dos principais complexos do Hezbollah. Os mortos e os feridos foram levados para quatro hospitais de Beirute.

O canal Al Manar, vinculado ao Hezbollah, mostrou imagens de um grande incêndio provocado pela bomba, que atingiu a fachada de cinco prédios vizinhos e carros estacionados. A área atingida fica perto do complexo Sayyed al-Shuhadaa, onde o líder religioso da entidade, Hassan Nasrallah, discursava a seus seguidores.

O atentado foi reivindi­cado por meio de um vídeo na internet de um grupo chamado Brigadas de Aisha. A entidade, até então desconhecida, diz que é aliada dos rebeldes sírios e pede que os libaneses fiquem longe das regiões controladas pelo Hezbollah.

O representante das bri­ga­das afirmou que esse é o segundo aviso a Hassan Nasrallah. Ele não menciona qual foi o primeiro, mas a suspeita é de que o grupo também seja responsável por outro atentado ocorrido na região em 9 de julho, que deixou 53 feridos.

Crise síria

A tensão sectária no Líba­no aumentou nos últimos meses devido ao acirramento da crise na vizinha Síria. Em maio, o Hezbollah enviou milhares de combatentes ao país vizinho para ajudar o regime de Bashar Assad a recuperar parte do território do país perdido para os rebeldes, de maioria sunita. A presença do grupo radical provocou ameaças dos opositores sírios e dos sunitas libaneses, que também se mostraram contrários à operação.

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