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Pelo menos 20 pessoas morreram após um ataque com carro-bomba num complexo policial no Paquistão nesta terça-feirta, informaram autoridades, em mais um golpe em um país devastado por inundações.

A explosão na cidade de Kohat, noroeste do país, aconteceu horas depois que o Taliban ameaçou realizar mais ataques suicidas contra o governo e forças de segurança, que já enfrentam as piores enchentes da história do país.

"Muitas casas foram destruídas pela explosão", disse um repórter da Reuters no local.

O policial Dilawar Khan Bangash afirmou que o homem-bomba dirigiu o carro carregado com cerca de 300 quilos de explosivos até os portões do complexo.

Ele acrescentou que várias pessoas estavam em estado grave e que o número de mortos poderia aumentar. Mais cedo, autoridades locais estimavam ao menos 50 feridos.

Pouco depois da explosão do carro-bomba, uma patrulha policial foi atingida por uma bomba de beira de estrada na cidade vizinha de Hangu e vários policiais ficaram feridos.

O primeiro-ministro Yusuf Raza Gilani classificou o ataque de Kohat como o "crime mais horripilante contra civis inocentes".

Militantes islâmicos mataram aproximadamente 120 pessoas em ataques suicidas a bomba desde que retomaram uma sangrenta campanha na última semana para derrubar o governo após um mês de calmaria durante as chuvas.

Um porta-voz do Taliban ameaçou na terça-feira mais ataques suicidas contra forças de segurança e escritórios do governo, em resposta à ofensiva aérea dos Estados Unidos contra membros do grupo em áreas habitadas por tribos.

"Os norte-americanos estão conduzindo ataques com a permissão do Paquistão e nós vamos nos vingar com ataques suicidas contra forças de segurança, polícia e escritórios do governo", disse o porta-voz do Taliban, Azim Tariq, em entrevista à Reuters por telefone.

"Esses ataques mataram dezenas de mulheres inocentes e crianças, mas a América nunca expressou pesar."

A retomada da violência e as enchentes, que já mataram mais de 1.700 pessoas e desabrigaram milhões, levantaram questionamentos sobre a estabilidade do Paquistão, visto por Washington como um aliado vital na guerra contra a militância.

Na semana passada, ataques aéreos mataram pelo menos 21 supostos militantes na região de Waziristão, perto da fronteira com o Afeganistão e descrita como um centro global de militantes.

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