BAGDÁ - O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, fez sua primeira visita ao Iraque desde a invasão americana de março de 2003, chegando no sábado em meio a um forte esquema de segurança depois que um carro-bomba explodiu em um mercado de Bagdá, matando pelo menos cinco pessoas.
Annan veio de Amã, onde discutiu os atentados a bomba de quarta-feira em três hotéis na capital jordaniana que, segundo a Al-Qaeda, foram perpetrados por quatro iraquianos, incluindo um casal.
A visita de Annan segue-se a viagens separadas do secretário de Relações Exteriores britânico, Jack Straw, e da secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, nos últimos dias.
Quando Annan chegou na fortemente protegida Zona Verde, onde a maioria dos assuntos de governo é conduzida, um carro-bomba explodiu em um mercado no Leste de Bagdá, provocando incêndios em várias lojas, matando pelo menos cinco pessoas e ferindo cerca de uma dúzia, segundo a polícia.
- Um carro estacionado perto de uma farmácia explodiu de repente, vimos fumaça e as pessoas começaram a correr - disse a testemunha Ali Saleh. Outra testemunha disse que muitas lojas pegaram fogo, com pessoas presas dentro delas.
O último ataque aconteceu apenas dois dias depois que um suicida matou dezenas de pessoas em um restaurante lotado.
Annan, pediu aos iraquianos que abracem o processo de reconciliaao entre todos os grupos étnicos e religiosos do país, na sua primeira visita ao Iraque desde a invasão liderada pelos EUA em março de 2003.
Annan condenou o "comportamento brutal" daqueles responsáveis por ataques como o do carro -bomba que destruiu um mercado em Bagdá e que foi encorajado pela Liga Árabe para marcar uma conferência nacional de reconciliação.
- A transição política deve ser um processo transparente que leve em consideração as necessidades de todos os grupos - disse Annan após se encontrar com ministros do governo iraquiano liderado por xiitas e curdos, além de políticos sunitas que ficaram de lado após as eleições de janeiro.