O presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, o chavista Elvis Amoroso| Foto: REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria
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O Carter Center anunciou nesta sexta-feira (21) que vai enviar uma missão de observação às eleições presidenciais na Venezuela, nas quais o ditador Nicolás Maduro buscará o terceiro mandato, no dia 28 de julho.

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A organização sem fins lucrativos, fundada em 1982 pelo ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, afirmou em comunicado que foi convidada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela no âmbito do acordo assinado em outubro de 2023 entre o governo venezuelano e a opositora Plataforma Unitária em Barbados.

A missão, que será liderada por Jennie Lincoln, conselheira sênior do Carter Center para a América Latina e o Caribe, chegará à Venezuela no dia 29 de junho.

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Outros especialistas eleitorais chegarão à Venezuela em julho para observar as eleições, nas quais Maduro enfrentará o ex-embaixador Edmundo González Urrutia, candidato da principal coligação da oposição.

A missão do Carter Center, porém, não realizará uma avaliação abrangente dos processos de votação, contagem e apuração devido ao seu tamanho e alcance limitados, segundo explicou em comunicado.

“As avaliações da missão serão baseadas no quadro jurídico nacional, bem como nas obrigações e padrões regionais e internacionais de direitos humanos para eleições democráticas”, detalhou.

O Carter Center já observou várias eleições na Venezuela, inclusive enviando uma missão de especialistas para as eleições regionais e locais de 2021.

Na ocasião, a organização apontou que o processo foi realizado “num contexto de uma crise socioeconômica e humanitária generalizada (agravada pela pandemia da Covid-19), um padrão de repressão política, direitos severamente restringidos à participação política e à liberdade de expressão, utilização clara do governo da sua vantagem política atual e condições de concorrência desiguais”.

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Em maio, o CNE anunciou a revogação do convite para uma missão de observação eleitoral da União Europeia, sob o argumento de que sanções que foram ratificadas pelo bloco prejudicariam a economia da Venezuela – embora tais medidas atinjam apenas pessoas físicas do regime de Maduro, e não empresas estatais e bens públicos.

O presidente do CNE, o chavista Elvis Amoroso, negou um pedido da UE para que o órgão reconsiderasse a decisão e fez acusações de que o bloco “procura interferir nas decisões” do órgão eleitoral.

“A União Europeia tem se comportado como um ator parcial e agressivo, que infringe a dignidade nacional e adicionalmente se torna um fator de perturbação nos processos eleitorais, mantendo a aplicação ilegal e ilegítima de medidas coercivas, unilaterais e genocidas, com o único objetivo de causar danos à população venezuelana”, disse Amoroso. (Com Agência EFE)

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]