Palestinos da Faixa de Gaza são "tratados mais como animais do que como seres humanos", disse o ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter nesta terça-feira.
Em uma visita ao território, ele condenou o bombardeio de Israel em janeiro em Gaza e seu contínuo bloqueio ao comércio, que ele diz proíbe até mesmo brinquedos às crianças.
"Eu entendo que até mesmo papel e giz-de-cera são tidos como um perigo à segurança", ele disse à população em um gabinete das Nações Unidas. "Eu procurei uma explicação para isto quando eu me encontrei com as autoridades israelenses e não recebi nenhuma porque não há explicação."
Carter, de 84 anos, passou muito mais tempo como um ativista de direitos humanos do que na Casa Branca, de 1977 a 1981. Ele é de longe o mais franco ex-presidente dos Estados Unidos a falar sobre o conflito no Oriente Médio, e visto por muitos israelenses como um crítico severo.
Ele ignorou uma proibição do governo norte-americano em negociar com os governistas islâmicos de Gaza, Hamas, e em conversar com seus líderes.
Israel estreitou um bloqueio em Gaza em 2007, quando o Hamas tomou o controle após a derrota do rival Fatah, forçando lealdade ao presidente Mahmoud Abbas, que é favorável a um acordo de paz com Israel. Em dezembro do ano passado, as forças israelenses bombardearam e depois invadiram Gaza, devastando sua já precária infraestrutura.
Desde então, Israel bloqueou importações de combustíveis, cimento e outras mercadorias à população de 1,5 milhão de palestinos, dizendo que o Hamas poderia utilizar muitos itens para propósitos militares.
Carter, um democrata, disse que o que ele mesmo pôde observar é que quase não há reconstrução em Gaza em 5 meses.
"Nunca antes na história houve uma ampla comunidade como esta sendo atacada brutalmente por bombas e mísseis para depois ser privada de reparos", ele disse.
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