O cartunista francês Luz, que desenhou a foto de capa do profeta Maomé no Charlie Hebdo após os assassinatos no jornal semanal de sátiras em janeiro, disse que não vai mais desenhar o profeta.
“Ele não me interessa mais”, disse Luz ao Les Inrockuptibles em uma entrevista publicada em seu site, nesta quarta-feira (29). “Estou cansado disso, assim como me cansei de desenhar Sarkozy. Não vou passar minha vida desenhando-os.”
- França manterá 7 mil soldados nas ruas para combater ameaça terrorista
Militantes islâmicos que afirmam vingar o profeta mataram 12 pessoas quando atacaram em Paris a sede do jornal semanal irreverente, conhecido por satirizar o Islã e outras religiões.
Para os muçulmanos, qualquer representação do profeta é uma blasfêmia, mas a edição seguinte do Charlie Hebdo teve em sua capa desenho de Luz com Maomé em lágrimas segurando um sinal “Je suis Charlie” (“Eu sou Charlie”) sob as palavras “Tudo é perdoado”.
Em uma manifestação de solidariedade e preocupação com a liberdade de expressão em toda a França, o semanário vendeu várias milhões de cópias, um contraste com sua circulação habitual de 60 mil exemplares.
“Os terroristas não ganharam”, disse Luz à revista. “Eles teriam ganhado se toda a França continuasse a ter medo.”
-
Lula usa alta do dólar para antecipar jogo eleitoral e minimizar o rombo fiscal
-
A disparada do dólar não tem nada de anormal
-
Apadrinhados por Bolsonaro e Caiado, dois candidatos de direita devem disputar 1º turno em Goiânia
-
Reino Unido realiza eleição com trabalhistas favoritos e direita nacionalista ameaçando conservadores