O cartunista Lars Vilks, possível alvo de um dos dois ataques que deixaram ontem dois mortos em Copenhague, falou sobre o medo que viveu durante o atentado contra um centro cultural onde participava de um debate sobre a liberdade de expressão.
"Estávamos assistindo a uma conferência e de repente começaram esses sons de 'bangue, bangue'. A princípio, parecia irreal, até que os seguranças reagiram e entendi que estava ocorrendo um ataque", disse à emissora britânica ITV.
Vilks, de 68 anos, vive com proteção policial desde 2007, quando publicou em um jornal sueco uma charge na qual o profeta Maomé era representado por um cachorro.
"Houve medo, porque não sabia o que ia ocorrer se [os terroristas] entrassem pela porta", relatou.
"Eles [os terroristas] têm armas melhores do que as da polícia e sabem como usá-las. Não são profissionais, mas são muito melhores que antes e são mais perigosos", afirmou o cartunista sueco.