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EUA

Casa Branca defende ação policial que causou morte

Miami (EFE) – A morte de um passageiro por agentes especiais norte-americanos, ocorrida na quarta-feira, no aeroporto de Miami, fez ressurgir as críticas sobre as fortes medidas de segurança implementadas pelos EUA para combater o terrorismo. Roberto Alpízar, 44 anos, um costarriquenho naturalizado norte-americano, morreu baleado por um agente federal na passarela de acesso ao avião em que viajaria para a cidade vizinha de Orlando, onde morava. Segundo as autoridades, ele "deu a entender que tinha uma bomba" na bolsa. No entanto, a polícia confirmou depois que não era um caso de terrorismo e que não encontrou nenhuma bomba na bagagem do passageiro.

A Casa Branca defendeu o comportamento dos policiais, dizendo que eles agiram "segundo seu treinamento". "Ninguém quer ver a situação chegar a esse ponto, mas parece que os agentes se comportaram de acordo com o treinamento recebido", disse o porta-voz do governo, Scott McClellan.

O porta-voz dos agentes aéreos, Dave Adams, disse que em qualquer tiroteio com envolvimento das forças de segurança demanda uma investigação interna. O chanceler costarriquenho, Roberto Tovar, disse que pedirá um relatório do caso às autoridades norte-americanas. Os dois agentes federais que participaram do tiroteio foram afastados do serviço, mas sem prejuízo salarial, até que se esclareçam as conseqüências da morte de Alpízar, que, segundo algumas fontes, tinha problemas mentais.

Parentes e testemunhas se disseram "atônitos" diante do caso. "Não creio que ele estivesse armado ou que tivesse uma bomba. Não tinham de disparar contra ele", disse John McAlhany, passageiro do vôo 924 da American Airlines, no qual ocorreu o tiroteio.

As declarações de outros passageiros também indicam que o homem não disse ter uma bomba, mas que estava extremamente agitado. Mike Irizarry declarou a canais de tevê que só ouviu Alpízar gritar que tinha de sair do avião, e que o viu se levantar e correr em direção à saída. Mary Gardner, outra das testemunhas, afirmou que ouviu uma mulher gritar: "É meu marido, ele é bipolar". A bipolaridade é um transtorno de personalidade caracterizado por lapsos maníaco-depressivos, que vão de estados de depressão até os de euforia.

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