A Casa Branca cedeu e decidiu devolver nesta segunda (19) a credencial do jornalista da CNN Jim Acosta, encerrando uma batalha jurídica entre a emissora e a administração Trump.
O repórter perdeu o passe após discutir com o presidente Donald Trump durante uma entrevista coletiva no início do mês. A justificativa da gestão para a suspensão foi de que Acosta teria tocado de forma agressiva uma auxiliar que tentava tirar um microfone de sua mão e que agiu de forma desrespeitosa com os colegas ao não ceder a vez.
Na última sexta (16), um juiz federal ordenou que a credencial fosse restituída por 14 dias, após a CNN levar o caso à Justiça. A empresa alegou que os direitos de Acosta previstos na primeira e na quinta emendas constitucionais (que tratam da liberdade de expressão e de imprensa e do abuso de poder por parte do estado, respectivamente) haviam sido violados com a sanção.
A administração, contudo, ameaçou voltar atrás caso o jornalista não respeite as novas regras para coletivas de imprensa do Trump. Uma delas é fazer apenas uma pergunta Acosta fez mais de uma no evento que serviu de pivô para a ação.
Trump havia afirmado na semana passada que novos regulamentos para orientar a conduta de repórteres seriam criados. "As pessoas vão ter que se comportar", afirmou na sexta. "Você não pode fazer três e quatro perguntas. Você não pode ficar de pé e não se sentar."
A decisão, informada por meio de uma carta, representa uma mudança na posição da Casa Branca em relação ao caso. A secretária de imprensa do governo, Sarah Sanders, havia dito que, assim que o prazo de 14 dias se encerrasse, a credencial seria suspensa novamente.
Isso levou a CNN a solicitar uma audiência de emergência a um juiz federal para que o prazo fosse estendido. Com a recuperação da credencial, a emissora retirou os processos contra Trump e seus assessores envolvidos no caso.
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