A Casa Branca declarou nesta quarta-feira (31) que ainda não pôde confirmar o assassinato do líder político do grupo terrorista Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, que as autoridades do Irã atribuem a Israel.
“Não estou em posição de confirmar os relatos vindos de Teerã. Vi a declaração emitida pelo Hamas. Não posso confirmá-la ou verificá-la. Não temos nenhuma confirmação independente”, disse o porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, em entrevista coletiva.
Nesta quarta-feira, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, não confirmou a responsabilidade do país pelo assassinato de Haniyeh, mas reivindicou a do ataque desta terça-feira (30) em Beirute que matou o chefe militar do Hezbollah, Fouad Shukr.
Netanyahu advertiu também nesta quarta-feira que a guerra em Gaza continuará e que ele não cederá às pressões para encerrá-la antes de cumprir os objetivos de desmantelar o Hamas e resgatar os reféns em poder do grupo.
“Todas as conquistas dos últimos meses foram alcançadas porque não desistimos [...] e porque tomamos decisões corajosas diante da grande pressão interna e externa. Não foi fácil”, enfatizou.
Netanyahu declarou ainda que as forças militares do país estão prontas para enfrentar “qualquer cenário” em meio à crescente tensão com os grupos pró-iranianos no Oriente Médio.
De acordo com a imprensa iraniana, um míssil Spike de curto alcance de fabricação israelense foi disparado - possivelmente do território iraniano - contra o quarto onde estava Haniyeh, cujo assassinato foi possível depois que um guarda-costas vazou informações estratégicas.
Por sua vez, o porta-voz Kirby disse que ainda é “muito cedo” para saber o impacto que estes acontecimentos terão nas negociações que estão sendo conduzidas por EUA, Catar e Egito para levar Israel e Hamas a um acordo de cessar-fogo e libertação de reféns na Faixa de Gaza.
“Sempre foi um processo complicado, quantas vezes falamos sobre isso nos últimos meses e até mesmo nas últimas semanas? Acho que é muito cedo para saber o que qualquer um desses eventos relatados pode significar para o acordo de cessar-fogo”, afirmou.
Kirby disse que os EUA não “parariam de trabalhar” para chegar ao acordo e também para evitar uma “escalada” do conflito no Oriente Médio.
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